Vencedor da Quadrilha do Gonzagão leva R$ 20 mil na festa da tradição
Franciele Oliveira
Colaboração para Splash, em Aracaju (SE)
17/06/2024 14h08
A final do Concurso de Quadrilha do Gonzagão, no conjunto Augusto Franco, acabou no último domingo (16) em Aracaju. O evento teve início na quarta-feira (12) e contou apresentações repletas de harmonia, passos bem marcados, vestimentas colorida e brilhantes e muita animação por parte dos quadrilheiros e da plateia.
Além do título de vencedor, os cinco primeiros colocados receberão um prêmio em dinheiro como forma de incentivo a tradição cultural, sendo o primeiro, segundo e terceiro lugar a conquistarem R$ 20 mil, R$ 12 mil e R$ 8 mil, respectivamente.
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O concurso atraiu vários turistas e moradores locais. A professora de educação infantil Rosemery dos Santos, 59 anos, veio do interior de São Paulo, Taubaté, com o marido e um grupo de mais de 20 amigos para aproveitar o São João de Sergip e se encantou pelos concursos de quadrilhas da cidade, que antes só havia visto através da televisão e redes sociais.
"A tradição, a vestimenta das pessoas, aqui está muito rica. Você vê famílias, vê crianças vestidas tipicamente. Achei muito bacana. Parabéns pra Aracaju", comentou ela sobre a animação das pessoas ao participar das festividades juninas. No dia anterior, Rosemary havia assistido outro concurso. "Eu fiquei fascinada só de ter visto ontem a apresentação", além disso, declarou ter expectativas altas para as exibições do dia.
Alguns moradores do município também vieram prestigiar o concurso pela primeira vez no Complexo Cultural Gonzagão. "Estou achando animado, muito organizado. As quadrilhas estão vindo com temas muito pertinentes, muito interessantes. O que estou mais gostando é a preservação da cultura sergipana — nordestina, mas especificamente sergipana", afirmou a pedagoga Clarissa Bezerra, 37 anos. Além disso, pontuou acreditar que, nas apresentações, "a modernidade deve existir, mas que seja preservada a tradição, que é o que nos diferencia".
A ansiedade e alegria também se faz presente nos grupos de quadrilhas, que trabalham durante meses para levar o melhor de si ao público e jurados. As apresentações contaram com participações de quadrilhas mais novas, mas também as mais velhas, como a Século 20, que, com 60 anos de existência ininterruptos, é considerada a mais antiga do estado.
"Eu nasci na quadrilha, vivencio a quadrilha. A quadrilha Século 20 pra gente é uma família. (...) É uma sensação inexplicável estar na Século XX e dançar quadrilha", afirma Joel Reis, 52 anos, marcador da quadrilha e quadrilheiro desde os 6 anos de idade.
Os vencedores foram: 1º lugar: Unidos em Asa Branca; 2º lugar: Século 20; 3º lugar: Raio da Silibrina; 4º lugar: Rala-Rala; 5º lugar: Cangaceiros da Boa; e 6º: Xodó da Vila. A decisão foi tomada por um júri composto por cinco pessoas, que teve como critérios de avaliação a marcação, coreografia, traje ou figurino, originalidade e sergipanidade.