'O Jogo que Mudou a História': os personagens reais que inspiraram a série
Colaboração para Splash*
17/06/2024 04h00
"O Jogo Que Mudou a História" estreou nesta quinta-feira (13) no Globoplay. A série, que conta como surgiu o crime organizado no Rio de Janeiro, preservou os nomes de seus personagens reais, mas se inspirou em alguns criminosos cariocas.
Escadinha
José Carlos dos Reis Encina, o Escadinha, foi um dos fundadores e líderes da facção criminosa Falange Vermelha, hoje Comando Vermelho. Na série, ele é representado por Jonathan Azevedo e recebe o nome de Gilsinho.
Nascido em 1956, no Rio de Janeiro, ele se notabilizou por se tornar uma figura conhecida não apenas no mundo do crime, como também pelas fugas inusitadas de presídios que protagonizou. Em 1985, às vésperas do Ano Novo, Escadinha protagonizou uma cena de filme ao escapar do presídio de Ilha Grande em uma fuga de helicóptero.
Professor
William da Silva Lima, o Professor, também foi um dos fundadores do CV. Interpretado na produção por Bukassa Kabengele, e tratado como Mestre, ele escreveu o livro "400 x 1 - Uma história do Comando Vermelho", em que descreve a criação do grupo Falange Vermelha, em 1979.
O Professor ficou preso por quase 30 anos e era querido no presídio de Ilha Grande por escrever cartas para seus companheiros de cela, segundo o jornal O Globo.
Bagulhão
Interpretado por Babu Santana, outro fundador do grupo que deu origem ao Comando Vermelho, Rogério Lemgruber, conhecido como Bagulhão, aparece na série como Hoffman.
Nome reverenciado. Ele teve um papel tão importante na organização, que é citado no nome do próprio grupo, cujo nome completo é Comando Vermelho Rogério Lemgruber.
Zé Bigode
Mais um dos fundadores do CV, José Jorge Saldanha, o Zé Bigode, era um conhecido assaltante a banco. Na série, é retratado como Chico da Cavanha e vivido por Rômulo Braga.
Foi ele quem inspirou, inclusive, o título do livro "400 x 1". Em abril de 1981, Bigode se envolveu em um tiroteio contra cerca de 400 policiais. O confronto resultou em mais de 2 mil tiros disparados. Após um cerco de 11 horas, ele e três policiais morreram.
*Com reportagem publicada em 02/10/2019