1º intérprete de Bozo aprovava apelido de Bolsonaro e não gostava de Xuxa

Wanderley Tribeck, primeiro intérprete brasileiro do palhaço Bozo, morreu na terça-feira (18).

Bolsonarista, ele aprovava o apelido 'Bozo' para o ex-presidente.

Para ele, ser chamado de Bozo é um elogio. "Bozo é um personagem sério, um personagem bom, honesto. Eles não têm nada a dizer de ruim sobre o personagem", disse a Chico Alves, colunista do UOL, em 2021. Orgulhoso, acrescentou: "É sinal que ainda lembram de mim".

Desde 2014, Wanderley era pastor da Assembleia de Deus. Ele atuava na cidade catarinense de Criciúma, e na mesma entrevista afirmou: "Sou cristão, a favor da família, contra as drogas e contra o aborto. Bolsonaro segue a cartilha de Deus e eu gosto dele por isso. Enquanto continuar assim vou votar nele sempre".

Wanderley guardava rancor de Xuxa.

Ele culpava a apresentadora pelo fim de sua carreira como Bozo em 1982. "Eu saí do ar por causa da Xuxa! Como é que eu vou concorrer com a Xuxa e as paquitas, mostrando bumbunzinho? Entrou um lado sexual. Os homens estavam todos vendo a Xuxa, não queriam mais ver o Bozo!", afirmou ele a Rogério Vilela, no podcast "Inteligência Limitada", em 2022.

[Xuxa] está pagando um preço muito caro por isso, por enganar as crianças. Porque, se você é ídolo de crianças, você tem que trabalhar para as crianças a vida toda. Eu não abandonei as crianças! Saí porque não podia concorrer com ela. Wanderley Tribeck

Segundo Wanderley, o dono dos direitos autorais de Bozo reprovava o novo formato. "Silvio Santos resolveu colocar mulheres de shortinho no programa. Não podia, o americano [Larry Harmon, dono dos direitos autorais da franquia] não permitia isso. Porque perna de mulher não tem nada a ver com criança, cara!", relembrou no podcast.

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