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Tadeu Schmidt sobre filha queer: 'Errado é ser hétero e ter várias amantes'

Tadeu Schmidt, 49, em entrevista à Quem.

O apresentador deu detalhes de evolução com a comunicade LGBTQIAPN+ após filha Valentina se declarar queer. "Para os pais que estão passando por esse momento de descoberta: não tem nada de errado. Não tem porque você ficar se preocupando, criticando. Não existe nada de errado na orientação sexual da pessoa. Isso diz respeito a ela."

Errado é trair, é você ser um casal hétero e ter várias amantes. Errado é ser desonesto, ser mentiroso. Agora a orientação sexual da pessoa? Esquece isso", diz Tadeu. "Cada um que viva do jeito que quiser. Pelo amor de Deus, isso [o duvidar] é muito ultrapassado. E tenho dificuldade de entender os questionamentos. Mas tenho absoluta certeza de que a cada dia que passa o ser humano vai se tornando menos preconceituoso. Tadeu Schmidt

Ele também disse contar com a ajuda de sua outra filha, a Laura. "Se vejo um stand-up e tem uma piada falando de homem e mulher, eu mando no grupo da família 'vocês acham que é machismo?', e elas falam 'é machismo'. Aprendo com elas que não é só uma brincadeira. É um processo eterno [de letramento], e eu nunca vou ser à prova de falhas."

Tadeu diz acreditar que a sociedade caminha para um futuro sem preconceito. "Não tenho a pretensão de ver esse futuro, mas imagino que daqui a 200 anos vão olhar para trás e pensar 'meu Deus do céu, no século 21 as pessoas se importavam com a orientação sexual dos outros por quê? O que interessa a orientação sexual de alguém?' Isso não me diz respeito e mais: não tem absolutamente nada que diga que é errado ou que é ruim."

Ele pontua como sua geração não aceita diversidade. "Eu cresci numa sociedade homofóbica. Sou de uma geração absolutamente homofóbica, que ia para o estádio e atacava o outro por xingamentos homofóbicos, que fazia piada homofóbica, que criticava alguém e falava assim 'ah, fulano tem sucesso, mas é gay, né?', como se isso fosse um problema."

Eramos mais preconceituosos no passado, estamos menos preconceituosos hoje e seremos muito menos preconceituosos no futuro até um ponto em que vai acabar o preconceito. É um caminho inexorável, não tem como voltar atrás. Tadeu Schmidt

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