'Terça do Arrocha' com artistas locais tem superlotação com 55 mil pessoas
Franciele Oliveira
Colaboração para Splash, em Aracaju
21/06/2024 04h00
A "Terça do Arrocha" contou com um público de 55 mil pessoas nesta terça (18), um recorde para o Arraiá do Povo. A programação que faz parte das atrações do São João de Aracaju (SE) teve como cantores Liene Show, Nadson o Ferinha, Heitor Costa e Devinho Novaes, todos artistas locais.
Com o congestionamento no trânsito de mais de uma hora e filas de espera de mais de 20 minutos para entrar, o espaço do show se tornou pequeno para a multidão que veio prestigiar os artistas.
Segundo a Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), a arena de show possui 25 mil metros quadrados foi feita para acomodar uma capacidade máxima para 50 mil pessoas, 5 mil a menos do que foi presenciado ontem.
Expectativa x realidade
Com esperança de curtir com as amigas sua primeira noite de festejos juninos, a universitária Maryana Silva, 21, saiu de casa e logo se deparou com a primeira dificuldade da noite: o engarrafamento no trânsito. Levou o triplo do tempo para chegar ao local do show e mais que o esperado para entrar na arena.
"Era impossível se manter no local. Era muita gente, pouco espaço. Impossível enxergar o palco, chegar a algum lugar ou se movimentar. É uma pena, porque a gente sai de casa esperando curtir, mas por essas questões a gente acaba indo para casa mais cedo e não consegue aproveitar nada. Não adianta estar num espaço que não dá para aproveitar", desabafa ela.
A psicóloga Letícia Bastos, 24, já havia ido em outro dia no arraiá, mas foi a primeira vez que presenciou o espaço tão lotado. "Os shows foram muito bons. Muito bom saber que o dia mais cheio até agora foram com artistas locais, mas não sei se compensou todo o perrengue por que estava realmente muito cheio, muito apertado e difícil se locomover dentro da festa para ir no banheiro, por exemplo", relata.
Já a empreendedora e universitária Ane Anjos, 20 anos, que havia presenciado a "terça do arrocha" da semana anterior, estava animada para aproveitar a noite ao lado da mãe e dançar muito.
"Na semana passada eu saí com calo no pé do tanto que dancei. Nossa! E a chuva? Choveu, mas eu não parei minuto nenhum", lembra ela. Apesar de ter chegado cedo dessa vez, não conseguiu aproveitar os dois primeiros shows por conta da superlotação.
"As pessoas ficavam passando toda hora, não tinha espaço. Fora que o chão não é plano, não é preparado para uma locomoção descente. Além das filas gigantescas para utilizar o banheiro", afirma Ane.