Várias pessoas podem ser acusadas por morte de Matthew Perry, diz revista
Colaboração para Splash, em São Paulo
25/06/2024 20h28
A investigação sobre a morte de Matthew Perry, o Chandler de "Friends", está chegando ao fim e "várias pessoas" devem ser acusadas.
O que aconteceu
As informações são da People. Segundo uma fonte da revista, o Ministério Público dos EUA tomará a decisão final sobre apresentar ou não queixa, mas "várias pessoas" devem ser acusadas.
O relatório toxicológico indicou que o ator morreu devido aos "efeitos agudos da cetamina". "Com os altos níveis de cetamina encontrados em suas amostras de sangue, os principais efeitos letais seriam tanto da superestimulação cardiovascular quanto da depressão respiratória", dizia o documento.
A investigação tenta identificar onde Matthew Perry conseguiu a cetamina e o motivo da grande quantidade dela encontrada em seu organismo. O ator usava a droga como tratamento para depressão e ansiedade antes da overdose.
Matthew Perry morreu no sábado, 28 de outubro de 2023, aos 54 anos. Quando as autoridades chegaram à sua casa em Los Angeles às 16h, encontraram-no inconsciente em sua banheira de hidromassagem.
Mathew Perry falou sobre uso da substância em tratamento. "Eu pensava: 'É isso que acontece quando você morre'. Mas ainda assim eu continuava tomando essa merda porque era algo diferente, e qualquer coisa diferente é boa. Tomar 'K' é como ser atingido na cabeça por uma pá de felicidade gigantesca. Mas a ressaca era dura e superava essa pá. Cetamina não era para mim", disse em seu livro, "Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível".
O que dizem especialistas
Cetamina é um anestésico que passou a ser usado como terapia alternativa para ansiedade e depressão, segundo o New York Times. Porém, a agência FDA (Food and Drug Administration) divulgou em outubro um relatório que alerta sobre os perigos do tratamento, além da possibilidade de a substância causar transtornos psiquiátricos.
Morte de Matthew Perry mostra que tratamento exige cuidados. "Fazer a anestesia sozinho e autoadministrar doses nunca foi um bom negócio e nem a coisa certa", concluiu o médico anestesista Tiago Gil.
Substância deve ser aplicada por anestesistas e em ambiente hospitalar. "É preciso contar com um médico que tenha experiência com a substância, para que ele possa tomar decisões por quem não estiver em condições de tomá-las", seguiu especialista.