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'Brasil está mais próximo do Irã que dos EUA', diz D2 sobre decisão do STF

Gustavo Brigatti

Colaboração para Splash, em São Paulo

27/06/2024 20h02

"Eles um dia vão ver que a lei estava errada", cantou Marcelo D2 no clássico "Dig Dig Dig (Hempa)", em 1995. Quase 30 anos depois, o vaticínio da faixa do disco de estreia do Planet Hemp, "Usuário", ainda não se cumpriu - mas parece estar no caminho. Um dos seus autores, no entanto, acha pouco.

"É uma discussão tardia, a gente devia dar passos mais largos", comenta D2, em entrevista a Splash, junto de seu companheiro de banda, BNegão (assista a um trecho dessa entrevista no player acima).

É tão estranho em 2024 conversarmos sobre isso, quando economicamente a legalização em outros países foi tão importante e bem-sucedida. A gente está muito mais próximo do Iraque e do Irã, do que dos EUA, da Europa, do Canadá. Marcelo D2

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Esta semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, fixando em 40g a quantidade máxima para que alguém seja considerado usuário e não traficante.

Para BNegão, é preciso comemorar, mas também avançar no assunto. "Se a gente começar a ver as pessoas que estão presas por essa quantidade serem soltas, aí começa a comemorar", diz.

Cartaz em show do Planet Hemp em Lisboa, em 2019, pede a saída do presidente Jair Bolsonaro Imagem: Pedro Gomes/Redferns

D2, que foi preso em 1997 junto de outros integrantes do Planet Hemp acusado de apologia ao uso de drogas, faz coro. "O próximo caminho é esse mesmo, o caminho de reparação, soltar todo mundo que foi preso por menos de 40g de maconha. Pra gente reparar um pouco dessa história", diz.

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