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No Tom

Videocast sobre música apresentado pelo jornalista Zé Luiz e pela cantora Bebé Salvego


Paula Mattos já recusou hit para 'descer até o chão': 'Faço o que eu quero'

Colaboração para Splash, em São Paulo

30/06/2024 04h00

Paula Mattos revelou em entrevista ao programa de Splash No Tom, apresentado pelo locutor e jornalista Zé Luiz e a cantora e compositora Bebé Salvego, que já se recusou a ganhar uma "boa grana" por um hit.

Atualmente ela diz não se sentir pressionada para fazer músicas no formato do mercado, mas já recebeu propostas para produções de "descer até o chão" — e negou. "Não tem a ver comigo", diz. "Era uma grana até boa [...], mas não faz parte da minha essência e do que eu acredito".

A cantora agora comemora a nova fase "mais madura" de sua carreira. "Hoje faço o que eu quero. Estou em um escritório muito banaca, o do Chitãozinho e Xororó", diz.

Ela afirma que todo o planejamento de sua carreira é atualmente pensado junto a ela, obedecendo suas escolhas e sentimentos.

Paula também defende que as mulheres têm aberto caminho, tanto no sertanejo quanto na música popular brasileira. "Tem bem menos machismo, mas um detalhezinho ou outro a gente acaba percebendo, por ser mulher", aponta. "Alguns homens se incomodam um pouco de ver eu tendo minha vida, conquistando coisas".

Cantora lembra início de carreira e como virou 'máquina de fazer hits'

A cantora escreve músicas desde os 12 anos, e lembrou no programa sobre como lançou sua carreira. "Aos 7 anos, pedi um violão para meu pai. Ele me deu aqueles de feirinha, pequenino, e depois comprou um de aprendiz para mim", conta ela, que está atualmente com o projeto Elementos, do qual já lançou o Fogo e Água, com gravações ao ar livre.

Lendo alguns livros e compondo canções de "amor adolescente" no quarto, Paula começou a tocar aos 15 anos em pizzarias e praças de alimentação. "Muito visionária", comenta Bebé Salvego no programa.

Seu primeiro trabalho "mais profissional" na música foi como backing vocal na dupla Thaeme e Thiago. Juntos em São Paulo, eles escreveram 13 músicas em uma semana — em termos de composições não finalizadas, chegaram a fazer 10 em um dia. "Fui fazendo pontes e os meus caminhos. A música vai te conectando às pessoas", conta.

Os dois anos com backing vocal também a aproximaram de Thaeme, quem Paula considera seu "melhor exemplo" de artista. "Ela é muito profissional. Acabei levando algumas coisas dela para a minha vida, de como tratar as pessoas (...) Na estrada, não permito bebidas, drogas e essas coisas, porque ali é trabalho".

Cantora comenta a 'lágrima' que emocionou milhões de fãs

A cantora também diz que "Que Sorte a Nossa", música conhecida pela voz de Matheus & Kauan, é a única que acredita que deveria ter gravado em sua voz desde o início. "É a música da minha vida", disse.

Em 2015, após o lançamento da canção pela dupla, ela publicou a sua interpretação. "Em uma semana, deu 100 mil views — o que, para mim, era muito", lembra. "A gente deixou aquela emoção [falar]. A lágrima caiu no 'timing' certo — aquilo foi Deus, porque a gente nem tinha perspectiva para aquele projeto".

Paula diz que a música ajudou "os dois lados", mas deixou um "gostinho" de que deveria ser dela. "Mas se não fosse desse jeito, talvez não tivesse acontecido o que aconteceu", pondera. "Ajudou eles, que já tinham uma carreira bem estável e foi só melhorando, e para mim foi uma abertura de portas incrível".

No Tom

No novo videocast de Splash, Zé Luiz e Bebé Salvego entrevistam artistas de diferentes vertentes num papo cheio de revelações, lembranças e muito amor pela música. Assista ao programa completo com Paula Mattos:

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