Jornalista pede reconhecimento de união estável com João Gilberto

Tomei a decisão de requerer a união estável para trazer a verdade dos fatos e não permitir que ninguém apague nossa história. Tive uma relação pública e contínua com o João, da qual nasceu nossa filha. Claudia Faissol à revista Veja

No processo, Claudia incluiu fotografias e uma lista de testemunhas que comprovariam a união estável. Quando morreu, João Gilberto não tinha um imóvel sequer em seu nome, mas os direitos autorias de sua obra rendem milhões. O processo corre na 18ª Vara de Família do Rio.

Em 2022, a Justiça reconheceu, em caráter liminar, a união estável do cantor com outra mulher: a moçambicana Maria do Céu. Foi determinado que metade da herança seja reservada à moçambicana até o mérito ser julgado. O processo ainda corre também na 18ª Vara.

Em 2023, Bebel Gilberto, outra filha de João, reconheceu a união "para não prejudicar a obra do pai", segundo declaração da advogada da cantora ao Estadão. No acordo, Bebel e Maria do Céu "reconhecem reciprocamente o direito de cada uma a herdar no mínimo 25%" dos bens deixados pelo cantor.

A moçambicana afirma que ela se relacionava com João desde o início da década de 1980, quando veio morar no Brasil. Ela morava com o artista quando ele morreu, em 2019. Dias antes, ela postou fotos com o companheiro em um restaurante.

Apesar desse entendimento, os outros dois filhos de João, João Marcelo e Luísa Carolina, ainda não chegaram a acordo com as duas e nem entre si —para além da questão envolvendo Claudia.

Claudia negou que João Gilberto e Maria do Céu vivessem como casal na entrevista à Veja. "Como alguém pode dizer que viveu com ele por mais de 30 anos se eu estava diariamente no apartamento do João por mais de uma década? Minha filha, que ia comigo, jamais viu a Maria do Céu."

Em maio deste ano, Bebel foi indicada pela Justiça como inventariante do espólio do pai. Luísa, filha de Claudia, questiona a decisão. A mãe da menina afirma que a cantora nunca permitiu que ela participasse das reuniões do espólio, embora tivesse procuração da filha.

Splash tenta contato com Lorena Bethge Tolentino Bokelmann, advogada de Claudia Faissol, para pedir posicionamento sobre o pedido de união estável —e seu andamento. Se houver retorno, a matéria será atualizada.