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Show de 30 anos do Planet Hemp tem culto à maconha e baseado rolando solto

Fã do Planet Hemp veste camiseta Mr. Ganjah (senhor maconha), em show que celebrou 30 anos da banda carioca Imagem: Victor Rocha/UOL

Victor Rocha

Colaboração para Splash, em São Paulo

12/07/2024 10h45

O Planet Hemp, banda de rap e punk rock (como os próprios se definem), fez show que comemorou 30 anos do grupo nesta quinta-feira (11), no espaço Unimed, em São Paulo.

O palco foi preenchido por três estufas de maconha e a descriminalização por parte do STF foi tema desde o primeiro momento, com os telões exibindo "40g" na entrada do grupo carioca, em alusão ao peso permitido por pessoa após a nova determinação.

Embalados pela recente alteração na lei em favor do usuário, Marcelo D2, BNegão e outros integrantes viveram uma noite de coroação depois de décadas de resistência ao uso proibido da planta. Foi um verdadeiro culto à maconha, com direito a projeções canábicas e um baseado gigante no fim do show.

Entre as várias referências à maconha, cenografia do palco trazia estufas usadas para plantação caseira Imagem: Victor Rocha/UOL

Cultura canábica

Principal temática do Planet Hemp, a maconha é exaltada pelos fãs em suas roupas. Símbolos da planta por toda parte e algumas camisetas criativas, como o "Mr Ganjah" e a que dá parabéns as drogas por venceram a política de guerra às drogas por mais um ano. Quanto ao consumo no local do show, foi irrestrito e inclusive com direito à parafernália para produção contínua.

Com a frase 'Parabéns às drogas' estampada na camiseta, fã vai a show do Planet Hemp em São Paulo Imagem: Victor Rocha/UOL

Fãs desde o primeiro disco

A maior parte dos fãs que a reportagem de Splash conversou são geracionais, desde o surgimento da banda há 30 anos. O professor de história Dênis, 40, acompanha o Planet Hemp a maior parte de sua vida.

"Escutei na rádio e primeira vez e não parei mais. A sonoridade e as mensagens passadas chamaram minha atenção desde o início. O disco que mais me marcou foi 'Os Cães Ladram Mas a Caravana Não Para'", conta.

Já Rodrigo, engenheiro de segurança no trabalho, de 41 anos, tem outro álbum favorito e comemora a legalização por parte do STF. "O CD 'Usuário', escutei até furar. Ouvia ele sem parar. Na época que esse disco foi lançado, era inimaginável o cenário que vemos hoje, com disponibilidade medicinal inclusive. É o primeiro passo. É algo que o Planet falou há 30 anos e somente agora tivemos algum avanço", diz.

Erva liberada?

A revista para entrada no show era leve. A segurança parecia ter orientação apenas para confiscar tesoura e objetos pontiagudos. Um funcionário da segurança que conversou com a reportagem e não quis se identificar disse que poucas pessoas tiveram pertences tomados. No show, porém, grande parte do público fumava seus baseados.

Referências musicais

O Planet Hemp fez questão de ressaltar suas referências musicais durante todo o show, assim como os fãs por meio de suas camisetas. Foram citadas no palco, entre outros Public Enemy, Garotos Podres, Ratos de Porão, Rage Against the Machine e Suicidal Tendencies.

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