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Mumuzinho 'pausa' vida na TV e mira renovar pagode em DVD: 'Sair do normal'

Mumuzinho, 40, vive o maior projeto de sua vida. O cantor se reconecta com a música anos após dividir as atenções com TV e cinema, lançando o DVD "Conectado". O novo trabalho do cantor tem a meta de revolucionar o pagode graças à mescla de ritmos e elementos da Brodway.

'Conectado' marca minha reconexão com a música. Você pode falar: 'Como assim se reconectar se você não é da música?'. Já fiz de tudo, já priorizei a minha vida na TV. Comecei fazendo 'Esquenta' (Globo) e surgiram convites que tinha vontade, queria ser ator, não tinha pretensão de ser cantor. Me dediquei muito a outras coisas e agora, aos 40, falei: 'Quero fazer o maior projeto da minha carreira'. Mumuzinho, em entrevista exclusiva para Splash

"As pessoas vão falar muito o meu nome"

Cantor, que era jurado do "The Voice" (Globo) e atuou em "Todas as Flores" (Globoplay), aposta em elementos da Broadway para revolucionar o pagode. "Fui para a Inglaterra e França para pegar referências de cantores. Assisti à Beyoncé, ao Usher... e eles me trouxeram um conceito de palco, de conteúdo de palco, que é muito difícil ver num pagode. Não vi ainda nopagode".

[Investir em Brodway] é para a gente sair do normal. Se você parar para ver os DVDs hoje, são DVDs belíssimos, mas falta algo, falta a música casar com o conteúdo. O que a gente está falando tem que ter a ver com o arranjo ali.

Belo grava participação em DVD de Mumuzinho em São Paulo
Belo grava participação em DVD de Mumuzinho em São Paulo Imagem: Eduardo Martins / Brazil News

DVD tem 30 músicas, sendo 25 inéditas, e conta com convidados clássicos do pagode — como Belo, Thiaguinho, Péricles — e artistas do trap e forró. "Sou um cara eclético. É um DVD que pude mesclar e trazer outras referências. A gente tem a base do pagode. Me reconecto à música e trago canções para a galera curtir e ter uma renovação das minhas músicas do sucesso que eu já tive."

É um DVD de músicas sérias, com melodia, com letra. Gravo músicas para ficar. Tanto que, em 2013, gravei um DVD e canto as músicas até hoje... Esse DVD não é um DVD de momento de hype. Ele pode demorar cinco, dez anos, que creio que não vá demorar assim, mas as pessoas vão ouvir e falar 'que trabalho bonito'.

Mumuzinho se preocupou em ter convidados com alguma conexão com sua história. "Foram escolhidos a dedo. Hoje em dia é o seguinte: você faz um feat e está preocupado com o número que o cara tem. A consideração tem, a amizade tem, mas muitas das vezes é o número, é a collab, é o que o cara vai trazer de troca ali. Tenho uma história com cada um deles. Se você perguntar, conta uma história com o Mumu, eles vão te falar e eu tenho história com todos que cantaram comigo."

Cantor gravou o DVD em 3 de julho na Vibra, em São Paulo, e planeja sair em turnê pelo Brasil a partir de agosto. "Sou carioca, mas não sou do Rio de Janeiro, sou do Brasil. Sou conectado à música, o funk do Rio de Janeiro, o funk de São Paulo, a música do Nordeste, a todo tipo de música. [Escolhi gravar em] São Paulo porque em 2013 gravei meu primeiro DVD aqui. Quero devolver para São Paulo tudo o que conquistei. Volto a São Paulo para devolver tudo o que eles me deram no maior projeto da minha carreira."

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Amadurecimento e novo sócio para tocar sua carreira foram os combustíveis para Mumuzinho trabalhar o DVD "Conectado". "Foi a idade, amadurecimento e eu tomar conta das minhas coisas, saber tudo o que acontece em relação a mim. Trazer o meu sócio, que é o Pablo Linhares comigo, abrir minha gestão, meu escritório. Sabe aquele filho que cresceu e quer ser dono do próprio nariz? Exatamente isso".

Eu precisava de gente que cuidasse de verdade do meu trabalho, e o Pablo veio para cuidar do meu trabalho e me levar para esse lugar, que é um lugar que estou colocando meu nome. Pode demorar dois, três, cinco ou dez anos, mas as pessoas vão assistir a esse DVD aí.

Artista vê o DVD "Conectado" acontecer em seu melhor momento pessoal e profissional. "Veio no momento mais maduro da minha vida. Não sonhei com isso. O que sonhei era ser um cara do bem, um cara de bom caráter, humilde e que a minha mãe falasse: 'Tenho o maior orgulho do meu filho'. Eu queria ser esse cara. Ajudar a minha mãe e melhorar a qualidade de vida da minha família."

Sonhar tudo isso, não. Queria poder ser conhecido. Já tô feliz pra caramba só de ter chegado até aqui. Tenho certeza que quando eu for embora, meu nome vai estar falado aí. As pessoas vão falar muito do meu nome. Acho que o maior legado é esse.

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