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'Deboche', 370 vítimas e R$ 5 milhões: o que se sabe sobre caso Nego Di

Nego Di, 30, foi preso na manhã de domingo (14) por suspeita de estelionato.

O que se sabe sobre o caso

O ex-BBB é suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas. O golpe consistia na venda de produtos por meio de uma loja virtual. A investigação apontou que os produtos nunca foram entregues.

Os valores do golpe somam R$ 5 milhões. "Várias pessoas humildes foram vítimas dessa farsa. São pessoas humildes, que utilizam do seu trabalho, dinheiro, para que façam a compra desse produto e acabam não recebendo", declarou o delegado titular da 1ª DP de Canoas Marco Guns, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em coletiva.

De acordo com a polícia, Nego Di usava sua fama para aplicar os golpes e debochava das vítimas. "Essa fraude foi utilizada a partir do seu conhecimento e influência nas redes sociais. Ele se utilizou disso para atrair as vítimas", disse o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana/Canoas.

Tem a questão do deboche. Tem vídeos que trazem que ele tinha ciência e debochava. Andava em carros de luxo. Ele tinha ciência que as pessoas não estavam recebendo.
Cristiano Reschke

O inquérito foi encerrado em 2023 e remetido ao MP. Com isso, na madrugada de sexta (12) para sábado (13), a prisão preventiva do influenciador foi decretada.

Na coletiva, o delegado Cristiano também citou que Nego Di é investigado por outras ocorrências. "Ele tem envolvimento em outros estelionatos."

O influenciador foi preso em Santa Catarina. Nego Di foi transferido para o Rio Grande do Sul ainda no domingo (14).

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Defesa

Procurada pela reportagem, a defesa do influenciador disse que está "tomando todas as medidas legais cabíveis". "Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário", disse a defesa, em nota.

O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.
Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula, advogados de Nego Di

A defesa também pediu à mídia e ao público "que tenham cautela na divulgação de informações sobre o caso". "Qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade."

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