Luan Santana grava DVD com esfera à la U2 e música sobre término com Jade

Na letra, ele imagina Jade grávida de outro homem. "Me tira uma dúvida: eu sei que a saudade de nós dois já não machuca. Mas o que você vai dizer quando o seu filho aprender a tocar violão com as minhas músicas?", diz o refrão.

Jade estava presente na gravação, que aconteceu para 600 convidados. As fãs gritaram o nome dela várias vezes durante o show, principalmente após "Violão".

O local do show tinha formato de meia esfera, com o exterior imitando a superfície lunar. Todo o interior, com 25 metros de diâmetro, era coberto com projeções. Era como se Luan e o público estivessem dentro da Lua e imersos nas imagens. Elas reproduziam temas espaciais.

Os celulares foram lacrados, com fotos e vídeos proibidos. O público teve que ir vestido todo de preto. Luan estava de branco e brilhantes, como um Elvis Presley millenial. "Figurino by Marizete Santana", ele diz, dando crédito à mãe e figurinista.

Ele tocou 13 músicas novas. Os arranjos puxaram mais do que o de costume para o pop-rock e até um pouco de eletrônica, com os teclados em destaque.

Outra música nova impactante foi "Se Arrependimento Matasse". Ela conta a história de uma traição em que Luan assume a voz do vilão infiel — uma história "pesada", ele diz.

A letra é ao estilo "Medo Bobo" e "Erro Gostoso", dois dos melhores sertanejos dos últimos anos. Mas a base é de um pop mais livre, que lembra outra referência que Luan tem citado em entrevistas: Taylor Swift.

Luan conta que "Meia Noite às Seis", outra composição dele entre as inéditas, foi feita há vários anos, mas agora se encaixou bem no "Ao Vivo na Lua". Parece um britpop goiano. Em "Sedutor", ele se aproxima do R&B e incorpora o papo do funk e do rap: "Brota aqui em casa pra gente tomar um gelo, fazer fumaça", manda "MC Luan".

As músicas antigas, como "Chuva de Arroz" e "Acordando o Prédio", ganharam introduções de teclado e bases pulsantes de pop-rock dos anos 1980, como um synth-sertanejo. Durante todo o show Luan esteve soltinho, com voz potente, seja no esquema mais urbano ou em uma faixa que fugiu à regra, bem abrasileirada: o arrocha afiado "Dona".

Os gritos das fãs já nem tão novinhas, exaltando a noiva do ídolo, combinam com o projeto de amadurecimento lento e gradual de Luan Santana. Ele se solta do sertanejo, mas nem tanto. Mira alto com o pé no chão. O álbum ainda não tem data definida de lançamento.