Conteúdo publicado há 4 meses

Maria Cândida expõe que sofreu represálias de chefe por não ceder a assédio

Maria Cândida, 53, revelou que já sofreu represálias de chefes por não ter cedido aos assédios deles nos bastidores.

O que aconteceu

A apresentadora explicou que no começo de sua carreira era constantemente colocada "no lugar da bonitinha e burra". Durante participação no podcast Rivo News, a jornalista contou que precisou persistir para conseguir seu espaço, apesar das represálias de chefes que, sem pudores, a assediavam.

Já tive chefe que me deixou lendo o jornal na redação, ele me contratou porque queria sair comigo mesmo, até que ele deu o bote, não me falou nada diretamente, mas começou a querer coisas, sair pra jantar, e eu na minha... [Como não cedi] fiquei lendo jornal das 10h às 18h durante três meses. Uma represália por não querer sair com ele.
-- Maria Cândida ao podcast Rivo News

Jornalista contou que também era tratada como "enfeite" por esse ex-chefe, que ela preferiu não revelar o nome. "Ele tinha um amigo mais velho também, das antigas, e me chamavam para embelezar a sala de reuniões, tipo 'fica aqui, mas não fala nada'. Como se eu fosse um vaso. E eu ficava, assim como a maior parte das mulheres ficou... Por quê? Porque se a gente está aqui hoje, a gente ouviu, foi rebaixada, até provar nosso valor".

Maria Cândida destacou que antigamente no jornalismo não tinha o famoso "teste do sofá", mas, sim, os convites para sair com segundas intenções. "Naquela época, e no jornalismo era até menos, você tinha que ir para a cama com o diretor e pronto. No jornalismo não era o teste do sofá, mas talvez o teste das ideias em um jantar. Eu tive isso quando comecei, um chefe que chamou para jantar, eu vi segundas intenções. Já tive chefes que pegavam fitas minha, no começo da carreira, andavam pela redação e diziam 'isso aqui está uma merda' e jogavam no chão. Não precisava fazer isso. Eles iam te manipulando até você não aguentar mais: ou você dava para eles, ou infelizmente era mandada embora, ou resistia e chorava no banheiro. Era muito difícil".

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