'Sensação brasileira', DJ Mochakk transforma Anhangabaú em pista de dança

Em entrevista a Splash, Mochakk conta detalhes da festa autoral "Mochakk Calling", que acontece neste sábado (27), no Novo Anhangabaú, em São Paulo. O DJ também fala sobre influências da música brasileira e do TikTok, o crescimento da carreira mesmo com pouca idade, curiosidades da trajetória e os seus novos passos.

O seu nome artístico é inspirado em café? Conta como surgiu essa ideia?

Mochakk - Já tive outro nome artístico, mas fui melhorando minhas músicas e quis repaginar. Mochakk surgiu quando pesquisei sobre a mitologia Maia, que é meu sobrenome. Descobri um deus chamado Chaac, ligado à chuva e às tempestades. Curti. Aí depois juntei com o mocha, uma variação do café que eu gosto muito, e cheguei a esse termo novo para o meu nome.

Como é tocar em um evento autoral na cidade onde você nasceu?

Mochakk - O "Calling" tem essa ideia de chamar as pessoas para olharem para coisas novas que estão acontecendo na cena. Apesar de viajar muito, meu lugar favorito é São Paulo: a estética, os fios, os prédios. Juntar isso tudo numa festa autoral é muito legal.

Qual é o conceito da festa "Mochakk Calling"?

Mochakk - É um projeto criado em equipe para unir meu universo sonoro com outros combustíveis que tenho na carreira. Toda produção remete à cidade, ao urbano, desse caos que só existe aqui. Estamos chamando as pessoas para tocarem, para conhecerem e para viverem novidades da música eletrônica.

O que esperar da "Mochakk Calling" São Paulo?

Mochakk - Esse evento vai juntar artistas que fazem parte da minha história, amigos de caminhadas: Cesar Nardini, Jay Mariani, Classmatic, Due, Eli Iwasa, Kenya20hz, Mu540. Além disso, a festa vai mostrar as várias sonoridades que gosto, as influências que construíram quem eu me tornei como artista e pessoa.

De que forma a música brasileira influencia o seu som?

Mochakk - Minha base tem muita música brasileira. Artistas como Elis, por exemplo, faziam coisas fantásticas com recursos muito pequenos se comparados com os recursos de hoje. A gente só está onde está porque a música nacional criou muitas coisas fantásticas. Sempre levo em conta, toco e escuto a música brasileira.

Você é um DJ jovem, mas já tocou em boa parte das maiores festas internacionais. Você esperava esse alcance do trabalho já ou você se sente surpreso?

Mochakk - Sim. É uma construção de trabalho mostrar para o público gringo o que a gente faz, tocar na festas, levar para lá. Depois, o resto vai acontecendo. Acho que todo artista acredita no seu trabalho e que ele pode funcionar.

Como redes sociais como o TikTok e X ajudam o seu trabalho?

Mochakk - As redes sociais ajudam bastante porque viralizam e levam o som para outros públicos. Elas fazem tudo ser mais dinâmico e democrático. Tem uma parcela de público que conhece a música eletrônica num vídeo e depois vai ver quem está tocando e mais tarde vai ser o cara que está na pista.

Como você define o trabalho que você está desenvolvendo?

Mochakk - A gente vive muito tempo fora do país para shows e festas. Então, estar no coração da cidade para um evento próprio é um momento importante demais. É sobre devolver um pouco para nossa galera o tanto que eles têm proporcionado para nós, ouvindo os sons e comparecendo aos eventos.

Mochakk Calling

Due - 20h
Cesar Nardini B2B Jay Mariani - 22h
Classmatic - 0h
Mochakk (extended set) - 1h30
Eli Iwasa - 4h30
Kenya20hz - 6h
Mu540 - 7h15

Quando: sábado (27), às 20h
Onde: Novo Anhangabaú (av. São João/r. Formosa, Centro Histórico, São Paulo, SP)
Quanto: a partir de R$ 280
Classificação: 18 anos
Ingressos à venda no site da Ingresse.