Suposta vítima de Nego Di diz se sentir traído por ter acreditado no ex-BBB
Um homem que teria sido uma das supostas vítimas de Nego Di, preso no último dia 14 por suspeita de estelionato, diz ter se sentido "traído" pelo humorista.
O que aconteceu
O gerente administrativo Júlio Cesar Silveira justificou que seguia o ex-bbb nas redes sociais e confiava nele, por isso adquiriu produtos na loja dele. Em entrevista ao Domingo Espetacular, da RecordTV, exibida neste domingo (28), o homem disse que seus "sentimentos são de raiva e traição mesmo". "Como é que eu acreditei num negócio desses?", desabafou.
Júlio contou que vendeu seu carro para adquirir 20 ares-condicionados na loja que Nego Di dizia ser dele e, supostamente, confiável. Por seguir o humorista, a vítima contou que decidiu fazer um investimento na compra dos eletrodomésticos para revender.
Como o valor era muito baixo e sempre existia a garantia da pessoa dele, eu fiz um investimento desse valor para fazer uma revenda para amigos, familiares. Acabei ficando mais de um ano a pé e sem os R$ 30 mil que investi nesse golpe.
Júlio Cesar Silveira
Nego Di e sócio estão presos
Anderson Boneti, sócio de Nego Di, foi preso pela Polícia Civil, na segunda-feira (22), na cidade de Bombinhas, litoral de Santa Catarina. O humorista e ex-bbb está preso desde o dia 14 de julho.
O empresário e influenciador são acusados de terem aplicado golpe em mais de 300 pessoas, causando prejuízo de R$ 5 milhões aos consumidores da loja virtual Tadezueira. Segundo a polícia, os mandados de prisões preventivas foram expedidos diante da possibilidade de fuga.
No esquema criminoso, Boneti tinha a expertise digital e era responsável pelo funcionamento do site, enquanto Nego Di utilizava a sua imagem de figura pública. Agora entraremos numa segunda fase da investigação, com verificação de valores que entraram na conta e se há crimes de lavagem de dinheiro. Delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil gaúcha
O golpe consistia na venda de produtos por meio de uma loja virtual, de acordo com a Polícia Civil do RS. A investigação apontou que os produtos nunca foram entregues.
Os valores somam R$ 5 milhões. "Várias pessoas humildes foram vítimas dessa farsa. São pessoas humildes, que utilizam do seu trabalho, dinheiro, para fazerem a compra desse produto e acabam não recebendo", declarou o delegado titular da 1ª DP de Canoas Marco Guns, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em coletiva.
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