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'Acabou acontecendo': Jovem Dionísio fala de 'tristeza' do 2º álbum

Jovem Dionisio animou o Lobofest, em Sorocaba (SP), no sábado (27), com 'Acorda, Pedrinho' Imagem: Rogério Passini/@alpassini

Colaboração para Splash, em Sorocaba (SP)

31/07/2024 04h00

Amadurecimento e envelhecimento. Essas são as palavras usadas pelos integrantes da banda Jovem Dionísio para definir o processo de criação do segundo álbum da banda anos após o hit "Acorda Pedrinho", lançado em 2022.

Em entrevista à Splash durante o Lobofest, realizado em Sorocaba (SP) no sábado (27), a banda afirmou que as músicas tristes que abordam a vida adulta no álbum "Ontem Eu Tinha Certeza (Hoje Eu Tenho Mais)" não foram planejadas, apenas aconteceram.

O que eles disseram

A criação do segundo álbum foi "muito diferente" do que com "Acorda, Pedrinho", explica Bernardo Pasquali, vocalista da banda. "Em dois anos, a gente passou a ouvir muita coisa nova, passou a tocar coisas de formas diferentes e explorar e estudar muito dos nossos gostos para, assim, chegar a esse segundo disco com um processo muito diferente do primeiro."

'Acorda, Pedrinho' era meio que a primeira música que a gente estava expondo um gosto nosso, de linguagem, de contação de história. Era uma música que falava muito sobre a coragem que a gente teve de fazer uma canção que não tinha nada a ver com as outras só porque a gente gostava dela. Bernardo Pasquali, sobre 'Acorda, Pedrinho'

Com um álbum abordando as tristezas da vida adulta, Pasquali considera que isso faz parte de um "amadurecimento e envelhecimento" por parte dos próprios integrantes. "Um processo natural, tanto de linguagem, a comunicação, os timbres e o tempo passando. A gente vai andando e afunilando as coisas que nos agradam. Não foi direcional. Acabou acontecendo, só."

A banda não esconde nas redes sociais o seu processo de criação: anda para cá, para lá, escreve, descarta, tenta de novo e cria alguma coisa. Segundo eles, não há "muitos critérios" no que é mostrado no perfil oficial do grupo.

Basicamente, a gente faz o que está gostando. Se um dia a gente chegar e falar: 'Ah, não vamos postar nada', a gente não posta. Não tem muitos critérios. O critério é se a gente está gostando.
Bernardo Hey 'Ber Hey', tecladista da banda

Com o sucesso de "Tô Bem" e a viralização dos versos "Ah, cê reparou que eu me arrumei? Ah, tô bonitinho. Já vesti não sei o quê. E botei meu cabelinho" nas redes sociais, a banda sofreu críticas. Mas há um detalhe: eles não ligam para as críticas de que as músicas deles seriam feitas para TikTok.

As pessoas fazem a crítica tirando a música do disco e falando: 'Pô, o disco é feito dessa forma'. Achando que a música foi feita de uma forma que ela mesma julgou. Hoje, na internet e nas redes sociais, todo mundo tem a chance de dar uma opinião e normalmente tem gente que não está se sentindo pertencente a algo que algumas pessoas estão fazendo:'Tenho pessoas comigo que também não gostam, então vou apontar meu dedo. Nem pensei direito, mas vou apontar meu dedo porque vai ter gente que vai apontar o dedo comigo'. É um movimento natural da crítica. Bernardo Pasquali, sobre as críticas sofridas nas redes sociais

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