Caetano e Bethânia se reencontram após 46 anos e lembram Gal: 'Para sempre'
Numa noite de céu limpo no Rio de Janeiro, 13 mil pessoas foram testemunhas do reencontro entre Caetano Veloso e Maria Bethânia após 46 anos de uma série de shows que os irmãos fizeram pelo país. E que agora retornam para uma nova sequência de sucessos.
Do palco da Farmasi Arena lotada, na Barra da Tijuca, zona oeste, a dupla elegantemente trajada com as cores presentes na bandeira da Bahia — Maria de vermelho e Caetano de azul — regeu a plateia por duas horas com letras que ultrapassaram gerações e homenagens a Gal Costa.
Como foi o show
Os dois abriram a turnê com "Alegria, Alegria", "Os Mais Doces Bárbaros" e "Gente", mas foi com "Oração ao Tempo" que o público pareceu se empolgar mais e baixou os celulares para cantar. Enquanto interpretavam "És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho", os sete telões distribuídos pelo palco exibiam fotos da família, incluindo a matriarca Dona Canô.
O show seguiu com "Motriz", "Objeto Não Identificado" e "A Tua Presença", momento em que se formou novamente um grande coral. Caetano e Bethânia pouco interagiram com palavras e nada falaram ao público, mas a troca de olhares e os passos de samba que a irmã caçula dava de vez em quando traduziam o quanto estavam à vontade.
Na sequência "Palmas", "13 de Maio" e "Sambas de Roda", um público que pouco parecia conhecer as letras admirava o riso largo de Bethânia. E depois de "Milagre do Povo", "Filhos de Gandhi", "Dedicatória" e "Eu e Água", Bethânia sentou no canto direito do palco para ouvir Caetano entoar "Tropicália".
Após ser ovacionado, ele quem ficou na outra ponta do palco para ouvir a irmã cantar "Marginália"; e então voltaram a se apresentar juntos com "Um Índio". A plateia voltou a se animar, com direito a casais dançando forró, quando os dois tocaram "Cajuína".
Bethânia então se ausentou e Caetano emparelhou os sucessos "Sozinho", "O Leãozinho", "Você Não Me Ensinou a Te Esquecer" e "Você É Linda", sob gritos emocionados. E, antes de dar a vez para a irmã cantar solo, Caetano dividiu com o público o quão importante é para ele ver o número de evangélicos crescer no Brasil, e por isso cantaria o louvor de Kleber Lucas, "Deus Cuida de Mim".
Sob aplausos, ele se retirou, e surgiu uma Bethânia deslumbrante com vestido dourado. Ela ouviu uma plateia eufórica enquanto interpretava "Brincar de Viver", "Explode Coração", "As Canções Que Você Fez pra Mim", "Negue" e "Vida".
Após rodopiar algumas vezes, ela observou o irmão voltando para, juntos, cantarem "Sei Lá Não Sei", "Me Leva Que Eu Vou", "Quem Me Chamou" e "Onde o Rio É Mais Baiano". Chegando à reta final do show, a dupla prestou uma homenagem a Gal Costa com "Baby" e "Vaca Profana", enquanto os telões exibiam fotos da cantora, morta em 2022.
"Gal para sempre", anunciou Caetano. Eles seguiram com "Gîtâ" e "O Quereres" e emocionaram com "Fé", de Iza.
Após fechar com "Reconvexo" e "Tudo de Novo", a dupla deixou o palco para a banda cantar "Odara". O público ainda ficou na expectativa de um retorno, mas a noite terminou ali, com ecos de "Eu quero tudo de novo".
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Quando: domingo 4/8, sábado, 10/8, e domingo, 11/8, às 21h
Onde: Farmasi Arena (av. Embaixador Abelardo Bueno, 3.401, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ)
Quanto: a partir de R$ 195
Classificação: 16 anos; menores de 5 a 15 anos apenas acompanhados dos pais ou de responsáveis legais.
Ingressos à venda pelo site da Ticketmaster.
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