Por que não teve batalha no fim de 'A Casa do Dragão'? Executivo explica
Ryan Condal, o 'chefe de série' de "A Casa do Dragão", explica a sua decisão de não incluir uma cena de batalha no episódio final da segunda temporada.
Quem leu o livro estava ansioso por uma batalha específica. O episódio de domingo (4) montou diversos tabuleiros diferentes, mas os leitores queriam mesmo era ver a Batalha da Goela, confronto marítimo entre as frotas de Corlys Velaryon (do lado de Rhaenyra) e Tyland Lannister (do lado de Aemond). No entanto, o combate em si ficou para a próxima temporada, o que frustrou grande parte do público.
Queríamos ter o tempo e o espaço para mostrar [a Batalha de Goela] num nível que anime e satisfaça os fãs da maneira merecida. Também queríamos construir um suspense. Então peço desculpas pela espera mas, com a equipe que construímos, a cena será uma grande vitória.. Ryan Condal, showrunner de 'A Casa do Dragão', em entrevista coletiva com Splash
Condal adianta: a cena será a maior produção que a série já fez. Ele confirma que o embate acontecerá bem no início da próxima temporada, cujos roteiros já estão sendo escritos. A previsão é que as filmagens aconteçam no início de 2025.
Os produtores optaram por uma temporada com apenas oito episódios por questões de orçamento. "Um dos desafios de produzir qualquer série, até numa escala gigante, como é o caso aqui, é que ninguém tem tempo e recursos infinitos. O showrunner sempre precisa equilibrar a história e o orçamento", conta.
Eu sei que todo mundo quer uma temporada nova todo ano, mas essa série é tão complexa que é como se produzíssemos vários longa-metragens toda temporada. Ryan Condal
Ele confirma: 'A Casa do Dragão' vai acabar na 4ª temporada. Questionado sobre a duração das próximas temporadas, ele afirma: "Não cheguei a discutir isso com a HBO, mas diria que o ritmo da série, do ponto de vista da dramaturgia, será o mesmo da 2ª temporada em diante".
Conflito nuclear após a guerra fria
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Quero receberRyan Condal evita dar spoilers, mas adianta um pouco do que vem aí na próxima temporada. "A história é uma grande metáfora para a guerra nuclear. Se a segunda temporada mostrou os dois lados se armando numa guerra fria, na terceira temporada o caldo começa a entornar. Como sempre, teremos grandes explosões e pequenos momentos de nuance entre os personagens", afirma.
Cada vez mais, Rhaenyra se vê como messias. O relato de Daemon no último episódio é mais um fator que a personagem vai usar para acreditar que é o líder prometido na visão de Aegon, o Conquistador. "Na nossa perspectiva moderna, sabemos que isso pode ser um ponto de vista perigoso para alguém no poder", argumenta o showrunner.
Ele nega que a visão de Daemon seja confirmação de que Daenerys seja esse líder prometido. Em "Game of Thrones", não fica claro se o papel pertence a Daenerys ou a Jon Snow. Ryan Condal explica que desde o início buscou uma forma de ligar as duas séries, e por isso quis mostrar a extinção e o renascimento dos dragões: "Os dragões são a conexão. Sabemos que neste mundo existem 17 dragões, e que no mundo em que conhecemos Daenerys não existe mais nenhum".
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