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Quem é Verônica Dalcanal, repórter assediada ao vivo nas Olimpíadas

A repórter da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) Verônica Dalcanal foi assediada por três homens enquanto participava de uma transmissão ao vivo na cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Um dos homens chegou próximo da jornalista e beijou o seu rosto sem consentimento. Logo depois, outro se aproximou e também a beijou.

Quem é Verônica?

Verônica é jornalista especializada em televisão e jornalismo esportivo. Além disso, ela também é formada em História e mestre em História Política pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com participação em pesquisas relacionadas ao Brasil nas décadas de 1960 e 1970.

Na EBC desde 2012, ela atua como Gerente Programas Esportivos. Verônica é responsável por gerenciar as equipes de jornalismo esportivo da TV Brasil. Antes disso, foi jornalista do Centro de Tecnologia Educacional da UERJ, dirigindo os programas de televisão Campus e Bonde Alegria, e editora multimídia em português na Agence France Presse (AFP).

A jornalista fez parte de um momento importante para a Rádio Nacional. Ela, junto a outras mulheres, participou da primeira transmissão de uma partida de futebol feita por uma equipe totalmente feminina do veículo durante o jogo entre Atlético-GO e Flamengo no Campeonato Brasileiro de 2024.

Repercussão

Após o assédio sofrido pela jornalista, Verônica manifestou seu repúdio. "Acho triste que isso aconteça, especialmente porque essa edição dos Jogos Olímpicos aqui em Paris, 124 anos depois, é a edição com as mulheres participando em igualdade. E é uma pena que a gente não possa ter liberdade para trabalhar como os homens podem", disse.

Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, declarou apoio à jornalista. "É inaceitável que jornalistas mulheres continuem sendo vítimas dessa violência. A Secom dará o apoio que se faça necessário nesse momento. Saudamos toda a equipe da EBC - em Paris e no Brasil - que com seu profissionalismo e dedicação vem fazendo a cobertura da participação brasileira nos Jogos Olímpicos, levando informação de qualidade nos mais diversos meios para todo o país e fortalecendo a comunicação pública e governamental.".

O presidente da EBC, Jean Lima, se solidarizou com a repórter. Ele declarou ser "inadmissível que mulheres ainda sejam submetidas a esse tipo de agressão, principalmente jornalistas no exercício da sua profissão". Já a diretora de jornalismo da EBC, Cidinha Matos, além de condenar o episódio, destacou que essa é uma agressão à jornalista, à mulher e ao espírito olímpico.

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