Conteúdo publicado há 2 meses

Em abril, MC Hariel recusou entrar em avião da Voepass: 'Caindo os pedaços'

Após o acidente aéreo que deixou 61 mortos em Vinhedo (SP), nesta sexta-feira (9), fãs do MC Hariel resgataram vídeo de abril deste ano, quando o cantor se recusou a embarcar em uma aeronave da Voepass, mesma empresa da tragédia ocorrida hoje.

O que aconteceu

Em abril, Hariel disse em suas redes sociais que havia se recusado a embarcar em uma aeronave da Voepass pela má qualidade do avião. "Não é nada com os funcionários, mas com essa empresa filha da p*ta. VoePass é… eu queria voar, mas não dá com essa porr*. Olha o avião como está, caindo aos pedaços. Sei nem como eu quis voar com essa porr*. A gente veio trabalhar. Não quero nem ficar perto [do avião]", declarou o artista na época.

Na ocasião, o funkeiro alegou que "quase morreu". "Nós quase morremos hoje. Já quase morri ontem na estrada, o carro quase capotou. Agora, quase morro de novo. O bagulho não está da hora, não. Era para eu ter ido para [Fernando de] Noronha. Estou desde às 6h na rua sem comer nada", falou o artista.

Hariel criticou o estado de conservação da aeronave da Voepass e afirmou ter tido um "livramento". "Pegar esse avião também é risco. O avião está caindo aos pedaços! Está tudo quebrado! Nem ar condicionado pega! Estamos há duas horas no calor lá dentro. É descaso com o consumidor!", declarou, ressaltando que a aeronave estava com "pneu calvo". Na época, a empresa aérea não se manifestou sobre as críticas feitas pelo funkeiro.

Acidente deixa 61 mortos

Entre os 61 ocupantes do avião estavam 57 passageiros e quatro tripulantes, informou a Voepass, responsável pelo voo. A aeronave tinha capacidade para 68 pessoas.

Todos os ocupantes da aeronave morreram. A informação foi confirmada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e pela prefeitura de Valinhos, que auxiliou na operação de assistência ao acidente aéreo.

Corpos das vítimas serão levados para o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo após perícia no local da queda. Em entrevista à imprensa, o secretário de segurança pública de São Paulo, Guilherme Derrite disse que o deslocamento será realizado com apoio e escolta da Polícia Rodoviária Estadual. O deslocamento para a capital ocorrerá porque, segundo o secretário, há "setores que vão atender melhor o caso do que o IML de Campinas", com serviços de antropologia e odontologia legal, entre outros.

Avião saiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP). A decolagem da aeronave ocorreu às 11h50 e a previsão de aterrissagem era às 13h45.

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Aeronave do modelo ATR-72 pertencia à Voepass Linhas Aéreas. Em nota, a companhia disse ter acionado todos os meios para apoiar os envolvidos e que "não há confirmação de como ocorreu o acidente". O avião decolou "sem nenhuma restrição operacional, com todos os seus sistemas aptos para a realização do voo", acrescentou.

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