Leonardo e Luiz Carlos apostam em nova dupla femineja que une Adele a modão
Uma dupla de cantores veteranos está por trás de uma dupla de sertanejas promissoras. Gabi e Rapha, irmãs do Paraná, preparam DVD apadrinhadas por Leonardo, em parceria com Luiz Carlos, do Raça Negra. Os dois se uniram ao empresário Allan Caramaschi, da Infinit Music.
Quem são as apostas do feminejo?
'Modão' com Adele. Elas fazem um sertanejo que resgata a raiz romântica do estilo, mas também seguem rainhas da dor de cotovelo atuais, como Adele e Beyoncé. "A gente é do princípio que música tem que tocar o coração", diz Rapha.
Gabi e Rapha viralizaram em 2022. O hit foi "É por você que eu canto", versão de "The Sound of Silence", de Simon e Garfunkel. Leandro & Leonardo já tinham gravado a faixa. Depois, o padrinho goiano participou da releitura das paranaenses.
Elas viraram "talismãs" de veteranos. O sucesso inesperado garantiu contrato com a Talismã, empresa de Leonardo. Para investir nelas, o sertanejo chamou o pagodeiro Luiz Carlos, do Raça Negra, junto do escritório Infinit Music.
Luiz Carlos, do Raça Negra, montou apê
Os empresários famosos se empenharam. "O Leonardo foi um exemplo de generosidade. Quando foi gravar conosco, ele estava com 40 graus de febre. Só fomos saber depois", conta Gabi.
"A gente pôs no camarim para ele todas as cachaças e bebidas alcoólicas possíveis. Mas ele não tomou nada. Só água. Eu até estranhei", lembra Rapha.
"Depois ele mandou áudio explicando: "'Meninas, estou com dengue, com febre. Por isso não tomei cachaça.' Mesmo assim ele foi gravar. Ficamos chocadas", diz Gabi.
Luiz Carlos doou os móveis para as jovens montarem apartamento em SP. "Ele não gosta que fale isso, mas foi ele quem deu TV, cama, liquidificador, airfryer?"
Rapha lista as doações e conclui sobre os dois padrinhos: "São ídolos da música e exemplos de generosidade e humildade."
De Londrina a Goiânia
Rapha tem 28 anos, dois a mais que a irmã. Já foi modelo e ganhou a coroa de 'Princesa da ExpoLondrina'. Elas começaram a cantar em um coral de igreja de Lupionópolis, cidade com 4,5 mil habitantes no norte do Paraná.
Ainda adolescentes, cantavam em festas e quermesses da região. Conheceram violeiros e cantores do 'modão' paranaense, como Duduca & Dalvan.
Hoje o 'modão' é 'modinha'. Um dos grandes sucessos do ano passado foi o projeto "Raiz" de Lauana Prado, por exemplo. Por isso se espera tanto de Gabi e Rapha, que têm intimidade com o estilo. Mas elas penaram para crescer?
"Partimos para Goiânia com a fé e a coragem, sem conhecer ninguém. Ficamos em um hotelzinho barato que custava R$ 50", lembra Gabi.
"Goiânia foi nossa faculdade de música", define a irmã. "Ficamos lá por seis anos. A gente ia conhecendo as pessoas, e assim que chegamos ao Leonardo."
Dois anos sem nome
As irmãs viveram uma situação surreal entre 2020 e 2022: foram proibidas de usar os próprios nomes.
A marca da dupla foi registrada pela ex-empresária, com quem se desentenderam. A multa para rompimento da parceria era de R$ 20 milhões. Elas entraram na justiça.
Durante o processo, não podiam se apresentar. "Peguei trauma. Até hoje tomo meus remédios para ansiedade. Foi um negócio dramático", diz Rapha.
Elas conseguiram recuperar a marca. "Agora está tudo bem." A sorte virou ainda em 2022, com a parceria com Leonardo em "É por você que eu canto", conta Gabi. A melodia conhecida ajuda a destacar as vozes super afinadas das duas.
"Viralizou com zero reais de investimento. Não entendemos nada. Bateu 70 milhões no TikTok. As redes de TV ligando. Aí a Talismã entrou em contato."
Agora, já empresariadas por Leonardo e Luiz Carlos, as duas lançaram "Quando Perde Um Amor" - um sertanejo ultrarromântico, como é o costume delas.
"Até setembro vamos gravar um DVD. E um spoiler para você: vai ter participação do Raça Negra e do Leonardo", adianta Gabi.
Deixe seu comentário