Lais Souza teve 'crise de choro' antes de comentar Olimpíadas: 'Fiquei mal'
Lais Souza, 35, fez parte do time de comentaristas das Olimpíadas de Paris da Cazé TV. A ex-ginasta contou a Splash que ficou ansiosa antes de entrar ao vivo pela primeira vez.
No primeiro dia, da classificatória e final por equipes, eu fiquei muito mal. Chorei no hotel, chorei antes da transmissão. Depois, fiquei um pouco mais aliviada, mas ainda assim estava muito trêmula.
'Muito nervosa'
Atualmente palestrante, Lais explica que falar sobre ginástica na televisão é diferente do que está acostumada. "Fiquei muito nervosa. Não falava seriamente sobre ginástica há muitos anos. Então, foi bem especial e emocionante."
Tentou simplificar o esporte para os telespectadores. "Tentei trazer um pouco do que via, de como aprendia os elementos. Para o público realmente enxergar como a gente faz. Popularizar a linguagem da ginástica para ficar mais gostoso."
Ficou emocionada ao ver Jade Barbosa na competição e se lembrou da época em que também competia. Lais participou dos jogos de Atenas (2004) e Pequim (2008). Em 2014, sofreu um acidente enquanto treinava esqui aéreo para as Olimpíadas de Inverno na Rússia, ficando tetraplégica.
A Jade era do meu quarto. Eu dividia tudo com ela, até os pensamentos. De repente, parecia ter me teletransportado para aquela época um pouquinho.
Emoção de Lais transpareceu nas transmissões. Sua reação ao ver a equipe feminina de ginástica artística conquistar medalha de bronze repercutiu nas redes sociais. "Gosto desse carinho que as pessoas trazem. Gosto desse reconhecimento."
'Ainda sou um pouquinho atleta'
Ex-ginasta expõe as dificuldades na adaptação à vida após o acidente. Ela conta que se sentiu frustrada ao perceber que não poderia mais competir.
O mais difícil foi me adaptar a essa nova vida. Eu competia nas Olimpíadas e, de repente, tive que simplesmente aprender a ser uma nova Laís. Tudo que treinei e me esforcei não adiantou nada.
Após o fim do trabalho nas transmissões, focará na saúde. Lais faz fisioterapia constantemente para fortalecer os músculos do corpo. "Por mais que eu não tenha movimentos, dou movimento ao meu corpo de outras formas. Isso me dá a sensação de que ainda sou um pouquinho atleta."
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