Como ator de 'É Assim Que Acaba' se preparou para interpretar homem abusivo

Justin Baldoni teve preparação minuciosa para "É Assim Que Acaba". Filme, que está em exibição nos cinemas, retrata o relacionamento abusivo entre a floriculturista Lily (Blake Lively) e o neurocirurgião Ryle (Baldoni).

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Alerta de Spoiler Splash Imagem: Arte UOL

'Precisava entendê-lo'

Na produção, a florista Lily Bloom conhece o cirurgião Ryle após fugir do funeral de seu pai. Os dois rapidamente se conectam, por meio de "verdades nuas e cruas" e desabafos sobre o passado.

Ryle se torna abusivo após o reencontro de Lily com seu amor da adolescência, Atlas Corrigan (Brandon Sklenar). Ele violenta a parceira diversas vezes, dando tapas, a empurrando na escada e até tentando forçá-la a transar.

Justin Baldoni se dedicou durante meses na preparação do personagem. O ator revelou ao programa Today que, além de trabalhar com treinadores de atuação, escreveu um diário em que fingia ser Ryle. "Como se fosse uma tarefa de terapia."

Justin Baldoni e Blake Lively brigam em cena de 'É Assim que Acaba'
Justin Baldoni e Blake Lively brigam em cena de 'É Assim que Acaba' Imagem: Jose Perez/Bauer-Griffin/GC Images

Agressões começam quando Ryle dá tapa no rosto da esposa após queimar a mão no forno. Na segunda vez, ele empurra Lily da escada ao descobrir que ela guarda o número de Atlas no celular. Ele ainda tenta transar contra a vontade da esposa, o que a motiva a colocar ponto final na relação

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Ator frequentou grupos de recuperação frequentados por agressores para entender o que motivava as atitudes do personagem. "Eu precisava entendê-lo. Não tinha que gostar dele, mas entender por que fez as coisas que fez."

Lily demora para aceitar que o melhor é se separar do marido, porque ainda o ama. Baldoni também conversou com organizações que lutam contra a violência doméstica e sexual para compreender como mulheres na mesma situação se sentem. "Me ajudou a fazer este filme o mais verdadeiro possível."

Tensão nos bastidores

Baldoni diz que não quis interferir na forma como cenas mais obscuras de Ryle seriam retratadas. "Queria que todas as cenas íntimas fossem de um olhar feminino e nunca quis que meu preconceito interferisse potencialmente e entrasse no filme", explica ao The Hollywood Reporter.

Chorou após as gravações. "Muitas vezes eu tinha que ir para uma sala chorar ou sacudir a cabeça e tentar tirar Ryle e sua energia de mim. Queria que fosse o mais real possível, mas foi muito difícil filmar essas cenas."

Fofoca dos bastidores diz o contrário. Segundo o site Daily Mail, o ator queria trazer apenas o ponto de vista masculino das agressões, rejeitando a perspectiva de Blake Lively e "praticamente se tornando o personagem". "Era quase abusivo com as mulheres, pouco profissional e não se desculpava", disse uma fonte ao tabloide.

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Tensão entre elenco repercutiu nas redes sociais. Lively e Colleen Hoover, autora de "É Assim Que Acaba", pararam de seguir o colega nas redes sociais. A atriz também não deu entrevistas com Baldoni ao divulgar o filme, nem posou com ele nos eventos de estreia.

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Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.

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A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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