Falabella diz que existe vida pós-Globo e dispara: 'Sem tempo com bobagem'
"É o melhor do rock". É assim que o diretor Miguel Falabella, 67, apresenta o musical "Elvis - A Revolution Musical". Ele é o responsável por dirigir a versão brasileira do espetáculo biográfico do "Rei do Rock" e vê com bons olhos trazer parte da história do astro para a nova geração.
A geração Z vai ficar louca porque é o melhor do rock. Tudo que eles escutam hoje em dia vem daí. É uma revelação, é daqui que veio isso tudo e tem muita gente da geração Z que sabe, que gosta e que curte. Não é todo mundo que é alienado.
Miguel Falabella, em entrevista para Splash
"Relação maravilhosa"
Toque Falabella para dar vida à versão brasileiro do musical: o diretor segue à risca o texto de Sean Cercone e Abbinanti, que faz sucesso nos Estados Unidos e na Austrália, mas traz um toque diferente para a produção ao retratar a carreira de Elvis em Las Vegas, nos Estados Unidos, e o seu fim de vida.
"Nessa altura da minha vida, não me interessa fazer uma coisa que vem pronta. A minha contribuição é um olhar, olhar para um texto, olhar para um material de dramaturgia. Falei que eu queria mudar, não mudar o texto, mas mudar a visão do espetáculo. Eles permitiram, e eu fiz a minha", completou.
É o meu Elvis, é a minha leitura. Certamente é diferente da americana e australiana e o teatro é bonito por isso, porque é plural... O grande barato é citar e nós citamos todos que nos inspiraram. Elvis está numa bad no início da peça e está em Vegas, e eles me permitiram estender [a história por] Vegas. Era a minha visão.
Diretor confidencia que ainda vive um frio na barriga com novos desafios. "Sempre me dá emoção, eu choro sempre porque sem emoção não rola. Acho que as pessoas vão sair muito emocionadas, tocadas e dançando [do musical]."
Escolhas de Leandro Lima e Luiz Fernando Guimarães para serem Elvis Presley e o Coronel Parker, na visão do diretor, foram acertadas. "O Luiz é um amigo da vida inteira, com quem eu tinha vontade de trabalhar. Achei que o Coronel era um personagem que cabia nele, ele topou e foi maravilhoso. Já o Leandro fez audição e me encantei."
Obra de "Elvis - A Revolution Musical" é vista pelo diretor como momento ideal para revelar novos talentos. "Acho que meu momento é de deixar um legado. O que mais me dá prazer hoje em dia é formar novos atores, ensinar tudo aquilo que aprendi nesses mais de 40 anos de carreira... E abrir porta pra gente que talvez não tivesse tido portas abertas se não fosse por minha causa."
Falabella vive anos de reinvenção profissional após deixar a TV Globo, em 2020, e se vê em um grande momento profissional. "Existe vida pós e durante [a vida na Globo]. Eu saí da Globo, mas acabei de fazer uma participação na série do Paulo Vieira ['Pablo e Luisão', no Globoplay]. É uma relação maravilhosa."
Além da produção de "Elvis", Falabella tem o espetáculo "Partilha", o trabalho na série de Paulo Vieira e viajará ao exterior para atuar em outubro. "Vou pra Portugal agora com a Marisa Orth para fazer "Fica Comigo Essa Noite" e na volta vou fazer um grande musical. Sei separar bem os papéis de diretor e ator."
Diretor diz que se cobra muito para atuar com excelência nos palcos e não aceita ver sua vida ser pauta fora o conteúdo profissional. "Sou muito exigente com comigo mesmo. Acho que eu tenho muito foco. Eu não perco meu tempo com bobagem. Eu não sou uma pessoa de expor. Meu conteúdo é o meu trabalho".
Tem gente que faz da vida um conteúdo. Não, meu conteúdo é o meu trabalho. Eu não estou interessado em fofoca, não estou interessado em besteira. Eu estou interessado no meu trabalho e é isso que me norteia na vida.
SERVIÇO:
Musical: Elvis - A Musical Revolution
Local: Teatro Santander (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041)
Período do espetáculo: 1º de agosto de 2024 até 1º de dezembro de 2024
Dias: Quinta, Sexta, Sábado e Domingo às 20h00. Sábado e Domingo às 16h00
Ingressos: sympla.com.br
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