Silvio Santos é sepultado em SP; família e amigos se despedem
De Splash, em São Paulo
18/08/2024 07h43Atualizada em 18/08/2024 11h06
Familiares e amigos de Silvio Santos compareceram ao enterro do apresentador, na manhã deste domingo (18). O corpo do dono do SBT foi sepultado no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo, por volta das 9h20.
A cerimônia fechada para o público foi breve, mantendo a discrição pedida por Silvio. O sepultamento começou pouco antes das 9h e contou com a presença de Iris Abravanel, das filhas do apresentador e alguns famosos, como Celso Portiolli, Carlos Alberto de Nóbrega e César Filho.
Alguns fãs foram à porta do local, levando cartazes e homenagens com a foto do apresentador. Apesar disso, o ambiente estava silencioso, em clima de respeito.
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Na saída do cemitério, Daniela e Rebeca falaram rapidamente com a imprensa. Ambas agradeceram a presença e apoio dos que lá que estavam.
A reportagem apurou que, em respeito à família, canais de TV evitaram helicópteros no sepultamento. Embora o uso de helicóptero pelo SBT tenha sido descartado desde o início do planejamento para registrar a ocasião, havia uma insegurança sobre o que fariam se outros canais de TV sobrevoassem o cemitério para captar imagens da cerimônia, o que, felizmente, acabou não ocorrendo.
Silvio Santos não queria velório. O corpo do apresentador foi sepultado seguindo o rito judaico e sem velório, como pedido por ele. Silvio morreu ontem, às 4h50, de broncopneumonia decorrente de influenza (H1N1).
Silvio foi enterrado ao lado do irmão, Leonel Abravanel, que morreu de câncer, em 1982, segundo O Globo.
Rito judaico
Na tradição judaica, o enterro do corpo é feito sem ostentação. Segundo a Congregação Israelita Paulista, o objetivo é "frisar a igualdade de todos os seres humanos em sua morada final". Assim, o enterro ocorre sem ostentação, enfeites ou flores.
Os judeus não cultuam os mortos. Ainda conforme a CIP, os rabinos temiam a tendência humana de cultuar os mortos. Assim, para evitar a idolatria, o local do sepultamento de Moisés é desconhecido.
Não há o costume de exibição do morto em caixão aberto. Pela tradição judaica, a exibição do morto é considerada um "desrespeito ao falecido", conforme cartilha do Cemitério Israelita de São Paulo. Assim que a morte é constatada, o corpo deve ser coberto por um lençol.
O corpo é sepultado com uma mortalha branca e simples. Outra tradição é a de lavar o corpo antes do enterro. O ritual simboliza a purificação e uma homenagem prestada ao falecido.
Pelo judaísmo, o corpo deve ser sepultado quanto antes. Se possível, o enterro deve ocorrer no mesmo dia da morte. Há exceção para o dia do Shabat, quando não se deve realizar o enterro (o shabat vai do pôr do sol da sexta-feira ao pôr do sol do sábado). Para a tradição judaica, adiar o sepultamento é visto como um desrespeito com o morto, ao acreditarem que a alma só descansa depois que o corpo é enterrado.