Um dos melhores filmes da vida da atriz Viola Davis chega ao Prime Video

O filme "A Mulher Rei" é uma tentativa de fazer um resgate da cultura africana, ainda que seja uma produção dos EUA, estrelada e dirigida por mulheres americanas. O longa, que acaba de estrear no Prime Video, olha para essa herança e nos apresenta uma sociedade africana avançada para a sua época — com seus pontos positivos, negativos e dificuldades.

Dirigido por Gina Prince-Bythewood (de "The Old Guard") e estrelado por Viola Davis, "A Mulher Rei" é uma história épica que se passa no Oeste da África durante a década de 1820.

Davis é Nanisca, uma general responsável por um batalhão de mulheres guerreiras do povo Dahormey, que está em guerra contra o Império Oyo. Daomé foi um reino da África Ocidental localizado no atual Benim que existiu de aproximadamente 1600 até 1904, se tornando, no século 19, uma importante potência regional que tinha uma economia doméstica organizada, administração centralizada, sistemas tributários e um exército organizado.

Mesmo que com liberdades poéticas, conhecemos através do longa-metragem A Mulher Rei mais sobre a cultura e a história desses povos — seja por meio dos cantos, das roupas, da política e muito mais.

Nem os temas delicados são deixados de lado: o roteiro não foge da polêmica relação daqueles povos com os colonizadores e exploradores portugueses, incluindo a conivência com a escravidão, nem do machismo estrutural que também existia por lá.

Por tudo isso, não espere um filme de ação simplista: este é mais um drama que mergulha fundo nas raízes culturais da África e que, de lá, colhe uma história de empoderamento.

É a retomada de uma árvore genealógica que foi arrancada desses povos que foram subjugados, sequestrados e escravizados em outras partes do mundo. Restabelece o seu lugar de direito, de descendentes de reis, rainhas, guerreiros, fazendeiros e de pessoas que tinham a sua vida e a sua história em solo africano.

*Com informações da coluna Na Sua Tela publicada em 22/09/2022

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