Julio Rocha abre o jogo sobre amizade com José Mayer: 'Não julguei ele'

Júlio Rocha, 44, entrou para a história da TV com papéis de galã em novelas da Globo. Atualmente, o ator virou febre no TikTok com vídeos de humor e coleciona histórias dos bastidores da passagem pela TV.

Com exclusividade ao Splash Encontra, o artista abriu as portas da sua casa para contar sobre o início na TV, trabalhos de destaque, como lidou com o assédio de fãs e a mudança de chave para atuar nas redes sociais.

O que Júlio Rocha disse

Conquistar um trabalho em novela era visto como impossível: "A gente não tinha nem acesso a nada. Pra descobrir uma agência, tentar te trabalhar pra um comercial, pra alguma coisa, você tinha que ir numa lista telefônica... Então, pensar numa novela era um sonho que eu nem achava possível, mas aí as oportunidades começaram a aparecer, as pessoas iam assistir aos espetáculos."

Quando vi, eu já tava fazendo um teste atrás do outro pra Globo. Fazia o tal do videobook na fita VHS, ainda na época. Você tinha suas melhores cenas e você tinha que mandar pros produtores.

Ator fez mais de 30 testes até conquistar vaga na trama "Louca Paixão": "Tava na semana que tinha terminado um casamento de 7 anos e surgiu um teste que, por acaso, eu tinha que chorar. Era cena de emoção, um troço meio denso e falei: 'Meu pai, é a hora'. Cheguei lá, o personagem todo complexo. Os caras que me viram atuando e falaram: 'Meu, esse cara tá louco'. Entrei com tudo no negócio."

Relação de amizade com Zé Mayer. "Não julguei ele. O que me fez apoiá-lo naquele momento foi o que construí com ele através do nosso trabalho profissional. Ele conheceu o meu pai e eu perdi o meu pai. Ele foi um cara que me ligou e ele me deu um apoio."

Assédio era grande nas ruas após aparição em novelas. "Pensa que foi isso com um cara feio, né? De repente, tem as mulheres olhando pra ele. Assim, nunca desrespeitei ninguém, mas não podia dar um mole pra mim que não tinha problema. Era válido."

Quando a mulherada passava a mão na minha bunda, eu falava: 'meu Deus, que coisa boa'. Uma vez sofri, quase passei mal. Uma mulher pulou com tudo e pegou nos meus instrumentos. Parecia que eu ia morrer literalmente.

Acidente de trabalho em gravação quase custou o mamilo. "Tinha uma cena que o meu pai tacava um peixe e aí o peixe tava com a escama. Ele bateu o peixe em mim, cara, na minha teta. Como tava sem camisa, levou a teta pra fora. Aí tive que ir pra enfermaria."

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Mágoa por não ter contrato longo na Globo? "Tenho no meu coração é um amor, é uma admiração, é uma gratidão absurda pela emissora, porque se meus filhos vivem da maneira que vivem, tudo que pude proporcionar as pessoas que eu amo, foi por conta da Globo."

Passagem meteórica de dois meses como apresentador do TV Fama. "Esse trabalho na RedeTV amei fazer, mas o que eu não amei? A estrutura que foi prometida não foi dada... Aconteceu alguma coisa que o que foi combinado não pôde ser cumprido E o que aconteceu? Como era algo que eu tava me dispondo a fazer pra inovar, pra sentir a experiência, não tive estrutura e saí."

Preconceito do mundo artístico com trabalho como tiktoker. "Falavam que eu tava fazendo micagem, fazendo 'Os trapalhões', como se fazer trapalhões fosse um pejorativo. O preconceito algumas vezes sofri, algum tipo de indicação do tipo: 'Não vai pra esse caminho porque não tem nada'".

Umas 3, 4 pessoas falaram pra mim e uma dessas hoje ganha dinheiro também comigo. Ela mudou totalmente o ponto de vista do que tinha no passado e do que se transformou. Não havia como me impedir de fazer, só havia uma chance de eu não fazer o que eu tô fazendo hoje: por mim mesmo, se eu me sabotasse.

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