O que houve para Deolane ser presa? Entenda ação que mirou influenciadora
Do UOL, em São Paulo (SP)
04/09/2024 11h36
A advogada e influenciadora Deolane Bezerra, 36, foi presa nesta quarta-feira (4) em uma operação contra esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Por que Deolane Bezerra foi presa?
Operação mira organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Ao todo, a polícia cumpre 19 mandados de prisão, 24 mandados de busca e apreensão domiciliar no Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel e Curitiba (PR) e Goiânia (GO). Todos expedidos pelo juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca de Recife.
A polícia, em coletiva de imprensa, não detalhou a relação da influenciadora com o suposto esquema criminoso. Porém, no Brasil, a atividade de jogos de azar é crime. Qualquer dinheiro que venha dessa atividade e seja ocultado, pode gerar o ocorrência da lavagem de dinheiro.
Prisão aconteceu na manhã desta quarta-feira (4), em Boa Viagem, zona sul do Recife (PE). A empresária foi encaminhada para o Depatri (Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais), em Afogados, na zona oeste da cidade. A informação foi confirmada a Splash pela Polícia Civil de Pernambuco, que ainda não detalhou como funcionava o esquema.
Em nota, a defesa de Deolane disse ainda não ter completa ciência dos fatos e que a investigação é sigilosa. "De antemão informamos que nossas clientes possuem condutas inquestionáveis e nunca se negaram a prestar qualquer tipo de esclarecimento, tal qual farão agora", diz a nota assinada pela advogada Adélia Soares.
Polícia apreendeu um helicóptero, carros de luxo e dinheiro vivo, incluindo dólares e euros. Imagens divulgadas pela Polícia Civil de Pernambuco também mostram dezenas de joias apreendidas.
Houve também apreensões no estado de São Paulo. Em Barueri, a Polícia Civil apreendeu um carro de luxo em um condomínio de alto padrão. Em Jundiaí, no interior paulista, uma aeronave foi recolhida pelos agentes.
Justiça determinou bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. Os investigados também devem entregar passaportes e, se for o caso, terão o porte de arma suspenso.
*Com informações de reportagens anteriores publicadas aqui e aqui.