Deolane e a relação com PCC: 'Advogo para pessoas, não para uma facção'
Deolane Bezerra, 36, foi presa nesta quarta (4) em virtude de operação contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A advogada e influenciadora digital tornou-se uma celebridade da internet desde a morte do ex-marido MC Kevin, em maio de 2021, e o luxo exibido nas redes sociais gera questionamentos sobre seu dinheiro ter vínculo com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
O que Deolane já falou do PCC?
Advogada já afirmou que advogou em favor de criminosos, mas que nunca soube oficialmente da ligação de algum deles com o PCC. Em 2022, ela disse à revista Marie Claire que não tem como atuar na área criminalista sem se envolver com alguma facção.
Advogo, sim, para membros de facções, mas para determinados casos. Não sou advogada de um todo, que é ilegal. Se você hoje for advogado criminalista e não advogar para quem é de facção criminosa, você não advoga para ninguém. São eles que têm dinheiro. Deolane Bezerra
Ainda na entrevista, Deolane relatou que o trato com os criminosos sempre foi baseado na verdade dos fatos. "Não sinto medo porque a única coisa que prezo é a verdade. Não faço promessas. Nunca me senti intimidada nem fui ameaçada. Alguns policiais já me olharam feio, principalmente quando chego com o cliente e ele fala: 'Doutora, não fiz isso, é mentira'. Aí, bato de frente, peço acareação, perícia..."
Advogada, que também é uma influenciadora digital com quase 21 milhões de seguidores, garantiu, em 2022, que seu dinheiro tinha origem lícita e que ela não havia se envolvido amorosamente com ninguém do PCC. "Eu fui à delegacia porque estava circulando em toda a internet que meu filho adotivo era filho de um membro da facção criminosa. Do Gegê do Mangue, Abel Vida Loka, sei lá, diziam que cada filho meu era de um membro da facção. Eles podem não prestar, mas nenhum pai dos meus filhos é membro de facção."
Ao colunista Lucas Pasin, de Splash, ela também declarou em 2022 que atuava em casos da área criminalista sem saber se a pessoa tinha envolvimento com PCC. "Advogo para pessoas e não para uma facção. Um advogado criminalista em São Paulo não tem como afirmar que nunca advogou para um membro do PCC, a não ser que você advogue para clientes baixos. Eu prefiro os grandes, que me pagam bem. Não tem como ser hipócrita. Atendo uma pessoa que supostamente pertence a uma organização."
O advogado criminalista sofre inúmeros preconceitos. O médico, quando opera bandido, não pergunta a ele se é um bandido. O engenheiro, quando constrói uma casa, não pergunta a profissão. Do mesmo jeito é o advogado criminalista. Ele não defende o bandido ou a pessoa, defende a lei. Nós defendemos a lei. Deolane Bezerra
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