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Roberto Justus diz que foi sondado para ser presidente 'antes de Bolsonaro'

Roberto Justus disse que foi sondado por Michel Temer para ser candidato a presidente Imagem: Reprodução/Youtube

Colaboração para Splash, em São Paulo

06/09/2024 07h55

Roberto Justus, 69, revelou que foi "sondado" para disputar a Presidência da República em 2018 antes da oficialização da candidatura de Jair Bolsonaro (PL).

O que aconteceu

Apresentador contou que foi sondado pessoalmente pelo então presidente Michel Temer. Durante participação no podcast Inteligência Ltda., Justus explicou que Temer pretendia lançá-lo como candidato do MDB e que o partido havia feito uma pesquisa que mostrava baixo índice de rejeição ao nome dele junto aos eleitores.

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Tive um convite para ser presidente da República antes do Bolsonaro em 2018. Fui a Brasília conversar com o presidente Temer e ele mesmo disse: 'Eu não vou ser reeleito'... E ele me sondou para ser candidato do MDB na época. Foi uma conversa, nada evoluiu... Foi lisonjeiro, muito querido da parte dele, mas não daria [para mim].
-- Roberto Justus

Justus disse que sempre que encontra Temer, o emedebista diz que ele teria sido eleito caso tivesse disputado o pleito de 2018. "Ele brinca comigo sempre que me encontra: 'você seria presidente, você viu o Bolsonaro foi eleito sem campanha, você tem o nome, não tinha rejeição, era fora do mundo político'".

Naquele pleito, Justus não concorreu, mas apoiou a candidatura de Bolsonaro, que ele diz ter sido eleito apenas por ser o nome de oposição ao PT. "Eu era mais conhecido que o Bolsonaro e sem rejeição. Sendo bem honesto, quem foi eleito na época [2018] era muito mais para evitar o PT, porque a rejeição [ao partido] era gigantesca e [a população] não queria o político tradicional, apesar de que ele [Bolsonaro] foi político por 30 anos, mas nunca foi gestor, executivo, sempre no legislativo".

Roberto Justus ainda avaliou a gestão de Bolsonaro. O empresário, que apoiou novamente a candidatura bolsonarista em 2022, dessa vez derrotada, opinou que o ex-presidente montou um bom ministério, mas admitiu que ele "fez coisas absurdas" que culminaram na não reeleição.

Apoiei na última eleição o governo anterior porque tinha bons ministros, mas acho que o presidente [Bolsonaro] pecou muito, tive até a oportunidade de falar isso para ele pessoalmente. Não gostava do jeito que ele falava, dos absurdos que ele fazia, mas ele era um cara simples na essência e que montou uma equipe maravilhosa, como o Paulo Guedes, em defesa das privatizações. Isso eu apoiava porque eu não gosto de estatização.

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