Sergio Mendes, que popularizou a bossa nova no mundo, morre aos 83 anos
O músico Sergio Mendes morreu aos 83 anos, em Los Angeles, nos EUA. A informação é do TMZ.
O que aconteceu
A causa da morte não foi revelada. Sergio Mendes vivia há seis décadas em Los Angeles, com a mulher, a cantora Gracinha Leporace, com quem estava casado há mais de 50 anos e de quem era parceiro musical.
Ele deixa Gracinha, além de cinco filhos. Ainda não foram divulgadas informações sobre velório e sepultamento.
Carreira
Com quase seis décadas de carreira, o músico de Niterói (RJ) foi um dos principais expoentes do samba-jazz e se tornou mundialmente famoso. Ele colaborou com grandes nomes do jazz como Herb Alpert e Cannonball Adderley.
Mendes iniciou a carreira como pianista clássico. Depois, com o Sexteto Bossa Rio gravou o disco "Dance Moderno" em 1961. Em viagem para a Europa e Estados Unidos, gravou álbuns com Cannonball Adderley e Herbie Mann, e chegou a se apresentar no Carnegie Hall.
Com a banda Brasil '66, ajudou a popularizar a bossa nova no mundo inteiro. O álbum "Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brasil '66" de 1966 ganhou disco de platina, e a música "Mas Que Nada", de Ben Jor, — um de seus maiores sucessos — foi posteriormente regravada com o Black Eyed Peas, em 2006.
Nos EUA, Mendes foi o brasileiro com mais gravações emplacadas no Top 100 das paradas americanas, com 14 músicas. Em 1967, ele conquistou o 4º lugar nas rádios do país com a versão bossa nova de "The look of love", de Burt Bacharach e Hal David. Quinze anos depois, o hit "Never gonna let you go" atingiu a mesma posição e estourou até no Japão.
Ganhou o Grammy de melhor álbum em 1992, com o disco "Brasileiro", com diversas canções de Carlinhos Brown. À época, o músico baiano ainda dava os primeiros passos na carreira.
O artista ainda ganhou dois Grammys latinos, e foi indicado ao Oscar em 2012 pela música "Real in Rio", do filme "Rio" (2011).
Em 2020, o documentário "Sérgio Mendes: Na Chave da Alegria" contou a história de Mendes.
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