Em constante transformação, Bebé cresce a cada música no Coala Festival
A artista Bebé Salvego, agora só Bebé, é a novíssima música brasileira. Ela recém lançou seu segundo álbum, "Salve-se!", pelo Coala Records, e nada mais justo do que ela compor a grade do festival neste sábado (7). Não é o primeiro palco grande de festival em que Bebé se apresenta, e o que ela mostra é que seu show está em constante transformação.
O formato que ela apresentou no Coala está pronto para circular e funciona perfeitamente em festivais. Acompanhada apenas de Sérgio Machado, o Plimm, que é co-produtor de "Salve-se!", e duas dançarinas/backing vocals, Bebé cresce a cada música que canta, todas cantáveis e dançáveis.
A música de Bebé é ímpar porque tudo soa como a personalidade da própria artista. Nas letras, as angústias de uma garota que acabou de sair da adolescência. Na sonoridade, muita pesquisa, mistura de ritmo, criação de paisagens e camadas sonoras.
Ao cantar as músicas, Bebé e suas backing vocals fazem coreografias pontuais, que se ressaltam justamente por não serem contínuas. Elas também interagem em conversas forjadas de um jeito pouco visto na nossa música até aqui.
O horário, claro, foi o ingrato, primeiro show do dia, às 13h, sob um sol escaldante. Quem veio é porque queria mesmo vê-la. Inclusive, os festivais precisam muito repensar seus formatos, locais e horários para se adequar ao clima cada vez mais louco do nosso tempo.
Durante apresentação, Bebé também conversa com o público, agradece a presença neste calor sofrido e diz: "Eu sou Bebé, algumas pessoas aqui me conhecem, quem não conhece, procure saber". E está certíssima, procure saber.
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