OPINIÃO
No Coala Festival, Xande de Pilares traz frescor ao vivo à obra de Caetano
Pérola Mathias
Colaboração para Splash, em São Paulo
08/09/2024 20h55
Xande de Pilares cantando Caetano foi um dos dos grandes lançamentos de 2023 e dividiu opiniões. Teve quem torceu o nariz para as versões em pagode e samba das músicas de um dos maiores medalhões da MPB. Mas a verdade é que o trabalho traz um frescor genuíno, e no palco não foi diferente.
Acompanhado de uma superbanda, com muita percussão, ele apresentou o disco praticamente na íntegra. "Muito Romântico", o auge do álbum, foi a escolhida para abrir, seguida de "Luz do Sol", que dedicou a Gal Costa.
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Não deu para entender por que o carioca ocupou o horário da tarde antes da banda paulistana 5 a Seco. Assistir ao show de Xande foi uma prova de resistência, pelo calor e pela lotação do espaço —mas nada que quem gosta de samba não esteja acostumado.
O lado bom foi que deu tempo de migrar e ir para o Palco TIM, no auditório Simon Bolívar, ver A Orquestra Rumpilezz com participação de Luedji Luna.
O show de Xande no Coala foi uma oportunidade de o grande público ver a apresentação, que aconteceu de forma mais exclusiva em julho, em São Paulo. E passear tanto pela batida do samba carioca, quanto pelo samba de roda da Bahia e o ijexá —grandes influências na música de Caetano Veloso.
Fora do disco, entrou no show, por exemplo, "Desde que o Samba É Samba" e a estourada "Tá Escrito", que atualmente não sai do ouvido do paulistano por causa da versão feita para o jingle do candidato à prefeitura da cidade Guilherme Boulos (PSOL).
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL