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Headliner do 'dia rock', Deep Purple toca em SP: 'Ano agitado', diz Gillan

O baixista Roger Glover, o vocalista Ian Gillan e o guitarrista Simon McBride, da banda de rock inglesa Deep Purple, que toca em São Paulo, na sexta (13), e no Rock in Rio, no domingo (15) Imagem: Mariano Regidor/Redferns

Gustavo Brigatii

Colaboração para Splash, em São Paulo

12/09/2024 12h00

Não dá para o Deep Purple reclamar de 2024. Até agora, o grupo já contabiliza uma reedição especial do clássico "Machine Head", clipe novo para "Smoke on the Water", o lançamento de um elogiado novo disco de inéditas e uma turnê mundial — que chega agora ao Brasil com shows nesta sexta (13) em São Paulo, e domingo (15), no Rock in Rio, quando estreia no festival como headliner do palco Sunset.

"Realmente, tem sido um ano agitado pra gente", concorda o vocalista Ian Gillan, em entrevista a Splash. "Mas tem sido fenomenal, especialmente quanto à recepção do novo disco e a turnê."

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Lançado em julho, "= 1" (ou "Equals One") é o 23º álbum de estúdio do decano grupo britânico. Chegou cercado de dúvidas por ser o primeiro com o guitarrista Simon McBride, que substituiu Steve Morse em 2022. Mas rapidamente ganhou o coração dos fãs púrpuras e renovou o vigor do Purple para a estrada.

"Nesse ramo você aprende rapidamente quais músicas novas são compatíveis com o material tradicional", comenta Ian. "Daí, ao longo dos anos, normalmente introduzimos apenas uma ou duas músicas de um novo álbum, e elas nem sempre ficam por muito tempo porque não se encaixam. Com "= 1" é diferente, suas músicas parecem irmãs mais novas de 'Smoke on the Water' e 'Highway Star'".

De fato, quem comparecer ao show de sexta em São Paulo ou de domingo no Rock in Rio ouvirá de três a quatro músicas do novo trabalho. Junto dos hits que estão há décadas no repertório da banda, o Purple tem tocado as novatas "Portable Door", "A Bit on the Side", "Bleeding Obvious", "Lazy Sod" e "Show Me".

A aceitação do novo material, no entanto, não significa necessariamente que o público vem se renovando. Para Ian, a atual turnê, que já passou pela Europa e Estados Unidos, dá uma boa mostra disso.

"Na Europa, a média de idade é de 18 a 25 anos. Nos EUA, é entre 95 e 200 anos de idade", brinca o vocalista. "E a culpa disso é do rótulo classic rock. Todo artista dos anos 1970 foi automaticamente colocado na seção de classic rock. Consequentemente, as rádios só tocam as músicas antigas e isso reflete no público dos shows."

Mas Ian diz que na América do Sul a situação é inversa e ele sabe que, quando olhar para a plateia, verá rostos de todas as idades — especialmente quando fechar a noite do Palco Sunset, do Rock in Rio, onde o Purple tocará pela primeira vez.

Eu simplesmente amo grandes festivais. A vibe desses eventos é fantástica. As pessoas vão pela bandas, mas também pela experiência e isso é ótimo. Espero realmente que possamos entregar um grande espetáculo. Ian Gillan

Deep Purple

Quando: sexta (13), às 22h
Onde: Espaço Unimed (r. Tagipuru, 795, Barra Funda, São Paulo, SP)
Quanto: a partir de R$ 225
Classificação: 18 anos desacompanhados; menores de 18 anos poderão comparecer ao evento desde que acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais
Ingressos à venda pelo site da Ticket 360.

Quando: domingo (15), à meia-noite
Onde: Cidade do Rock, Rio de Janeiro
Quanto: ingressos esgotados
Classificação: 16 anos; menores de 16 anos poderão comparecer ao evento desde que acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais

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