'Feios': autor comenta escolha de elenco 'feio' entre estrelas de cinema

Scott Westerfeld, autor do livro "Feios", contou a Splash que foi difícil escolher atores para a adaptação. Com Joey King no elenco, o filme estreia nesta sexta-feira (13) na Netflix.

É um grande problema escolher o elenco de um livro sobre aparências, em que os personagens são chamados de 'feios'. Fizemos o filme com estrelas de cinema de verdade, mas que tinham que se parecer um pouco como 'pessoas normais'.

'Plano de aparência vitalício'

"Feios" traz um mundo futurista, onde o governo impõe cirurgias plásticas a todos os adolescentes, quando completam 16 anos. Tally (Joey King) não vê a hora de receber seu procedimento e entrar oficialmente para a sociedade, adequando-se aos seus padrões estéticos e deixando de ser "feia".

Joey King interpreta a protagonista de 'Feios', Tally Youngblood
Joey King interpreta a protagonista de 'Feios', Tally Youngblood Imagem: Divulgação/Netflix

Quando Shay (Brianne Tju) foge para a "fumaça", onde rebeldes que não querem receber a cirurgia se escondem, o destino de Tally (Joey King) muda. A jovem só "ficará bonita" caso encontre a amiga e revele o esconderijo para a doutora Cable, personagem de Laverne Cox.

Personagens não são realmente feios. Eles só não passaram pela cirurgia ainda. Por isso, atores precisavam aparentar certa normalidade, para que se encaixasse nos padrões de beleza daquela sociedade após o procedimento.

Westerfeld revelou que a ideia para a história surgiu quando um amigo se mudou para Los Angeles. "Um dentista disse que ele precisava de um plano de cinco anos para seus dentes. Quando ele morava em Nova York, era aceitável ter dentes de Nova York, mas agora ele precisaria de dentes de Los Angeles."

O autor conta que seu amigo ficou indignado com a recomendação. "Os dentes precisavam ser um pouco mais retos, mais brancos, mais brilhantes. Ele escreveu uma carta para todos os amigos de Nova York, dizendo que teria que fazer uma cirurgia plástica e se tornar uma pessoa diferente por causa de onde morava."

A ideia era muito engraçada e realmente me intrigou. E se todos tivessem um plano vitalício para como deveriam aparentar em cada momento de suas vidas? Comecei a imaginar como uma sociedade se tornaria assim.

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