OPINIÃO
MC Cabelinho se firma como headliner no Rock in Rio 2024 em show emocionado
Juliana Gonçalves
Colaboração para Splash, no Rio
14/09/2024 01h45
Cabelinho faz juz ao posto de headliner com estrutura e efeitos que trouxe pro palco sunset. Com lentes de contato vermelhas, manteve sua postura de "trapperstar". O coral do público acabou aparecendo mais que o coral das favelas que acompanhava o trapper. Ele anunciou o lançamento do álbum novo e feats com Teto e Major RD. O show seguiu em uma crescente que explodiu em X1 com a tropa do cabelinho invadindo o palco — até Ludmilla marcou presença. Mas nesse momento, na melhor parte, o público já estava migrando para o palco mundo para esperar a atração principal da noite, Travis Scott. O show foi digno de um dos principais nomes do trap do país, mas essa explosão poderia ter ocorrido antes.
ESTRUTURA
Cabelinho não economizou nos efeitos para compor sua apresentação: fogos de artifício, labaredas, leds e "pedidos à Alexa" fizeram parte da apresentação.
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CORO
O coral das favelas acabou aparecendo mais na intro do show e na faixa "Carta Aberta". Versões especiais poderiam ter sido criadas para melhor aproveitamento do grupo. Nas outras músicas, o coro ficou mesmo por conta do público.
PÚBLICO
O público ao mesmo tempo que cantava parecia tímido. Poucos atendiam aos pedidos de roda punk de cabelinho. Enquanto as meninas suspiravam entre uma música e outra.
ÁLBUM NOVO
Ao anunciar "Não sou santo, mas não sou bandido", cabelinho convidou o baiano Teto pro palco para cantar "Bala e Fogo" e lembrou que não existe diferença no trap de um estado para o outro.
FUNK
Mostrando que nada muda a essência de cria, cabelinho encerrou com funk, relembrando suas origens. Ele levou os bailarinos do grupo "Quebradeiras" para uma participação especial no encerramento do show, terminando com a temperatura nas alturas.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL