OPINIÃO
Evanescence mostra no Rock in Rio que nu metal funcionava bem nos anos 2000
Juliana Gonçalves
Colaboração para Splash, no Rio
16/09/2024 00h43
O Evanescence bem que tentou, mas os fãs não deixam a banda sair do nu metal anos 2000. Eles incluíram músicas do trabalho mais recente — que nem é tão novo assim, já tem três anos — mas o público não engajou. A explosão ficou mesmo pros hits dos primeiros álbuns da banda. Com destaque para "Going Under", "Bring me to Life" e "My Immortal" no piano, com um trechinho em português no final. Vale pontuar os vocais de Amy Lee que evoluíram com os anos. A banda enfrentou problemas no som logo no início da apresentação. No mais, o show foi ok. E só.
NOSTALGIA
O público do festival não engajou as faixas do álbum "The Bitter Truth" (2021), não cantava as músicas e deixavam claro não conhecer nenhuma. As pessoas pareciam esperar que a banda tocasse "Fallen", primeiro álbum, na íntegra. A nostalgia em excesso limita a banda a mostrar seu trabalho novo.
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PIANO
Em vários momentos do show, Amy Lee se sentou ao piano para tocar e cantar. Em "My Immortal", sucesso de "Fallen", a cantora comandou o coral afiado na plateia. Também puxou um trecho da música em português para agradar os brasileiros, esbanjando simpatia.
VOCAIS
A voz amadurecida de Amy Lee merece destaque. A cantora parece ter melhorado sua qualidade vocal ao longo dos anos. Um contraste com a apresentação vista na Cidade do Rock, em 2011.
PROBLEMAS
O som falhou logo na intro e atrasou a entrada da banda. Se manteve baixo no início da apresentação. Mas Amy Lee segurou o show literalmente no gogó.
SUSTO
Ao fim da apresentação, a banda soltou fitas que enroscaram na tirolesa. Uma pessoa -- aparentemente um técnico da equipe do festival -- desceu em seguida para retirar o material e acabou passando uns minutos preso na metade do trajeto da tirolesa.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL