OpiniãoRock in Rio

Bixiga 70 promove bailão ao pôr do sol na Global Village do Rock in Rio

Num dia em que o pop dominou os palcos principais do Rock in Rio, o grupo Bixiga 70 correu por fora e fez, no Global Village, um dos mais animados shows do festival até agora. O noneto promove uma fervilhante mistureba de ritmos, partindo da África, passando pelo Caribe e chegando a São Paulo com escalas em Belém e Olinda. Só a música — 100% instrumental — já seria suficiente para fazer a plateia pular. Mas a banda ainda interage intensamente com o público, descendo do palco e se misturando aos foliões. Um Carnaval em setembro.

NORTE & NORDESTE
O repertório do disco mais recente, "Vapor" (2023), foi o destaque do show. Ao vivo, as influências de ritmos do Norte, como o carimbó, e do frevo pernambucano ficam evidentes em números como "Na Quarta-feira", "Marginal Elevado Radial" e "Baile Flutuante".

GLOBAL MESMO
Além da polirritmia brasileira, o Bixiga 70 ainda bota afrobeat, jazz, funk, reggae e até um rápido pancadão carioca na roda.

EM BRASA
Os metais (dois saxofones, um trompete e um trombone) são o coração do som da banda. Os caras pulam o tempo todo, descem para tocar no meio do público e comandam a massa na formação de uma grande roda. O povo retribui cantarolando as melodias sopradas pelos músicos.

Show da banda Bixiga 70 no palco da Global Village do Rock in Rio, na quinta (19)
Show da banda Bixiga 70 no palco da Global Village do Rock in Rio, na quinta (19) Imagem: Divulgação Rock in Rio

TECLADEIRA
Em um dos alongados improvisos (este em levada quase disco music), o tecladista Pedro Regada sai de seu tablado para solar à beira do palco com um sintetizador à tiracolo. Depois deita e é "despertado" pelos metais.

Opinião

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