OPINIÃO
Rock in Rio: Xênia França e Tássia Reis esquentam show cool de Luedji Luna
Marco Antonio Barbosa
Colaboração para Splash, no Rio
20/09/2024 17h56
Luedji Luna está bem à vontade no papel de grande dama do neo-soul à brasileira. A ponto de segurar com tranquilidade a plateia do palco Sunset, sob um sol furioso. O repertório predominantemente lento, a principio desaconselhável para uma plateia de festival, não chega a esfriar o espetáculo. As presenças de Tássia Reis e Xênia França servem de contraponto e agitam a massa, para Luedji seguir cool e elegante.
BIG BAND
Trajada com um vestido longo coberto de lantejoulas, Luedji lidera uma banda de responsa. São oito músicos e seis vocalistas de apoio, bem escolados no balanço black-afro e nos timbres de inspiração setentista.
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OSTENTAÇÃO
A cantora faz questão de sublinhar seus sucessos. Lembra que a versão original de "Pele" teve a participação de "uma grande estrela" (a cantora americana Mereba). "Enquanto Durmo" é apresentada como "a terceira música mais executada nas rádios brasileiras em 2023". E a última, "Banho de Folhas", é descrita como "meu hit internacional".
DJAVANZÊRA
Como todo artista que mistura black music e MPB, Luedji tem uma dívida com Djavan. Retribui cantando o clássico "Pérola". A versão é meio arrastada, conduzida pelo timbre característico do piano elétrico, até virar um soul turbinado por metais e coro. E uma pausa dramática para palmas.
CANJAS
"Sinais" sinaliza (ops) uma fase mais energética do show, com a participação de Tássia Reis. A adrenalina sobe perceptivelmente quando a convidada canta sua "Good Trip". O mesmo rola com Xênia França, que divide os vocais em "Lua Soberana" (tema da novela "Renascer") e ganha o palco para si em "Pra Que Me Chamas".
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL