OPINIÃO
Ed Sheeran faz show para plateia que parecia pegar cada pedacinho dele
Claudia Assef
Colaboração para Splash, no Rio
20/09/2024 03h17
Quinta-feira (primeiro dia da segunda etapa do Rock In Rio 2024) encerrou com uma chuva de hits e com a simpatia do cantor britânico Ed Sheeran, 33. Ele foi o responsável por encerrar o Palco Mundo do Rock in Rio 2024, boa parte do tempo contando apenas com sua voz e violão, além de seus muitos hits. Sheeran foi um dos protagonistas de um dos dias mais tranquilos do festival, mesmo assim seu fandom esteve presente e atuante fazendo coro a cada nova música que ele apresentou. Certamente um dos maiores cachês do festival, Ed Sheeran deu tudo de si para ser um cara simpático e acessível para uma plateia que parecia pegar cada pedacinho dele. O cantor encerrou o Palco Mundo, que recebeu as atrações mais pops do dia, passando por shows do brasileiro Jão, Joss Stone e Charlie Puth, além de Gloria Groove, Pedro Sampaio, Filipe Ret e Will Smith.
BANDA DE UM HOMEM SÓ
Indo na contramão da maior parte dos artistas que se apresentam em festivais grandes como o Rock in Rio, Ed Sheeran preferiu se manter fiel às suas origens, e apresentou-se sem banda. Tocando e contando histórias, como se estivesse num pub, seu maior coringa é a habilidade de samplear instrumentos usando um pedal que grava trechos e depois os repete em loop.
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REPERTÓRIO
O show foi pensado para agradar aos fãs de longa data de Sheeran. O inglês deu um passeio pela sua discografia e começou o show tocando músicas do primeiro álbum, "Plus" ("The A Team" e "Give Me Love"). Não faltaram hits, e o público cantou junto "Photograph", "Eyes Closed" e uma versão bem barzinho de "Shape of You", que juntou um coro apaixonado de fãs. Em pouco mais de uma hora, Sheeran provou que é um talento que não precisa de grandes produções para brilhar.
DE NOVO
Esta foi a quarta vez que Sheeran tocou no Brasil. No Rock in Rio, essa foi a terceira apresentação do cantor, que esteve na edição de Lisboa, em 2014, e na dos Estados Unidos, em 2015.
ACÚSTICO
Impossível saber se o formato que Ed Sheeran escolheu para sua apresentação no Brasil tem ou não a ver com muquiranice. Fato é que ele se apresentou sozinho, tocando e contando histórias, como se estivesse numa roda de violão, sem apoio de outros músicos.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL