OPINIÃO
Rock in Rio: com Hyldon, Zoli e Black Rio, show Para Sempre Soul foi acerto
Claudia Assef
Colaboração para Splash, no Rio
21/09/2024 21h35
O show Para Sempre Soul foi um acerto. Dividido em blocos, a primeira parte trouxe a Banda Black Rio, mostrando seu paredão de suingue e groove num sound system potente e gordo. No segundo bloco, Hyldon foi convidado para cantar alguns de seus hinos. Começando com "Na Sombra de uma Árvore", o soulman empinou a plateia quando começou a romântica "As Dores do mundo". Na terceira parte, Claudio Zoli entrou no clima de bailão carioca do bom.
AULA
"Hoje eu vim de baile black", disse Hyldon, antes de tocar uma música que compôs com Mano Brown e Dexter sobre os antigos bailes black do Rio e de São Paulo. Uma justa homenagem trazer uma figura tão importante da música negra nacional para dar o tom da festa. No telão, fotos antigas de bailes davam o clima das festas de equipes, como Furacão 2000, Chic Show, Kaskatas etc.
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HITMAKER
"Na Rua, na Chuva, na Fazenda" fez o público do palco Global Village jogar as mãos pra cima e dançar coladinho. Entre as quatro músicas que cantou, três moram no inconsciente coletivo do brasileiro. Um dos grandes hitmakers da soul music saiu aplaudido, merecidamente.
PRÍNCIPE DA SOUL
Claudio Zoli foi o convidado da terceira parte do show e já veio para o ataque com seu maior hit, "Noite do prazer". Zoli citou grandes nomes da soul, como Cassiano, Tim Maia, Toni Tornado, Carlos Dafé, Dom Salvador. Certeza que todos ficariam felizes com esse show.
TODOS JUNTOS
Foi chuva de hits cariocas: "Acenda o Farol" (Tim maia), "Primavera" (Cassiano), "À Francesa" (Marina Lima), todos carregados no groove da superbanda Black Rio, ícone da soul nacional, com seus quase 50 anos de serviços prestados à música preta.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL