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'Hiperconservador e hiperliberal': Tabet chega com Peçanha a São Paulo

Antonio Tabet como Peçanha Imagem: Reprodução/@antoniotabet no Instagram

De Splash, em São Paulo

21/09/2024 11h59

O humorista Antonio Tabet, 50, um dos fundadores do Porta dos Fundos e apresentador o Alt Tabet, no UOL, chega a São Paulo neste sábado (21) com a temporada de sua primeira peça de teatro, "Peçanha - Protocolo de Segurança".

Antonio Tabet no palco do 'MTV Miaw 2022' Imagem: Reprodução/Twitter @PlutoTVBR

Em entrevista a Splash, Tabet diz acreditar que o policial é um retrato fiel da sociedade brasileira.

O Brasil é um país racista, machista, homofóbico. E o brasileiro acha que não é nada disso. Ele acha que no Brasil não tem racismo. O Brasil tem essa dicotomia. É hiperconservador e hiperliberal. O Peçanha é um pouco isso. Ele expõe e ele também fala que isso é crime.

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O humorista utiliza o personagem para abordar a "hipocrisia de um jeito tão absurdo, tão exagerado, que fica nítido", como ele mesmo afirma. Peçanha, apesar de ser um "agente da lei", reproduz sem filtros os preconceitos comuns a uma parcela da população.

O personagem funciona como um espelho distorcido, exagerando os traços da realidade para que o público possa enxergar com mais clareza o preconceito. O riso, nesse contexto, não serve para aliviar a consciência, mas para despertar o público para a necessidade de se discutir e combater essas questões.

O humor não só anestesia. O humor não faz só a gente rir. O humor informa. O humor educa. E educa também a partir dessas cores carregadas no exagero. De expor essa nossa hipocrisia de um jeito tão absurdo, tão exagerado, que fica nítido. Não tem como passar batido. As pessoas riem muito. E algumas vezes eu percebo que elas não estão acreditando nas barbaridades que aquela personagem está dizendo.

E é por meio do humor que o personagem consegue um dos feitos mais difíceis do Brasil atual: agradar pessoas da direita e da esquerda. Segundo o seu próprio criador, Peçanha consegue ser popular porque retrata uma figura real, que "todo mundo em algum momento da vida já lidou".

Todo mundo já esteve diante dessa figura com algum tipo de poder e nitidamente não está preparado para exercê-lo. Essa familiaridade acontece com todo mundo [...] Os policiais adoram [o personagem Peçanha]. É muito comum eu encontrar policiais na rua que pedem foto. Falam que parece com o chefe deles. Mostram figurinhas de Whatsapp. A reação é sempre muito boa.

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