OPINIÃO
Rock in Rio: Cynthia Luz desafina discurso feminista ao chamar Whindersson
Marco Antonio Barbosa
Colaboração para Splash, no Rio
21/09/2024 00h18
Toda menção a Cynthia Luz na mídia ressalta seus milhões de plays e de seguidores nas plataformas. O modesto público que aguardava seu show no palco Supernova foi uma surpresa. A rapper leva vantagem sobre a concorrência por tocar com banda ao vivo, garantindo um groove mais orgânico. Infelizmente, retrocedeu várias casas ao convidar Whindersson Nunes & Soares para cantar "Liga pro Plug". Num dia em que muito se falou da importância da representatividade feminina no festival, a letra sexista foi uma tremenda bola fora.
SÓ NO GOGÓ
Cynthia não apela ao playback. Essa é a boa notícia. A má é que ela já começa a curta apresentação meio rouca e vai piorando. A distância entre as versões de estúdio e a performance ao vivo é grande.
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CONCENTRADO
Para fazer render a meia hora de show, a artista apresentou versões mais compactas de sucessos como "Tão Forte", "Bom Te Encontrar", "Insônia" e "Mais Sobre Mim".
ARCO-ÍRIS
Antes de ceder o palco a Lil' Whind & Soares, Cynthia recebeu a cantora transgênero Boombeat. As duas cantaram em dueto "Céu", pela primeira vez ao vivo.
VARIANDO
A banda que acompanha a rapper não é muito exigida na maior parte do tempo. Contenta-se em segurar uma levadinha funky que dá pro gasto. Mas até exibe alguma variação na versão reggae de "Malandragem", célebre na voz de Cássia Eller, e na pegada drum'n'bass de "Gaveta".
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL