Rap realinha os chacras da Cidade do Rock em dia de atrasos no Rock in Rio
Com Rincon Sapiência, Karol Conka, Xamã, Criolo, D2, Djonga e Rael, o Para Sempre Rap mostrou a diversidade dentro do estilo. Cada um a seu modo deixou sua mensagem — afinal essa é a essência do rap/hip hop. O flow do show seguia direto e reto: cada um cantava três músicas e chamava o próximo. Mas, depois de um equívoco de Djonga, que chamou D2 antes do programado, todo mundo se misturou no palco e ampliou o clima de celebração. E, vale dizer, esta foi uma apresentação sem problemas técnicos. O rap realinhou os chacras da Cidade do Rock.
MENSAGEM
O rap é na sua essência consciente e o que não faltou foi discurso nesse show. Karol saudou as minas do rap. Xamã falou em empoderamento. Rael pediu o fim das queimadas. D2 falou pros maconheiros. Rincon e Djonga trouxeram a pauta antirracista. Já Criolo falou de amor. Djonga ainda completou: "Eu espero que cada um de vocês entenda cada palavra que a gente falou aqui nesse palco".
FOGO NOS RACISTAS
Destaque para Djonga, que comandou a roda com "Olho de Tigre" e colocou o Rock in Rio pra gritar: "Fogo nos Racistas!". Esse momento reuniu todos os rappers no palco. E como costuma fazer nos shows, Djonga desceu e entrou na roda com a galera. Ponto alto da apresentação.
PROJEÇÕES
Ao fundo do palco, uma bandeira do Brasil estilizada com elementos urbanos que variavam de acordo com o rapper que assumia o comando também passavam seu recado: um brasil mais justo para todos nós. O rap cumpriu sua missão na música, na interação com o público ou até nos visuais.
RESISTÊNCIA
A resistência não é só no discurso, mas também física. Os atrasos do dia não abalaram a apresentação. Nem parecia que o show começou bem mais tarde que o programado. Público animado e em conexão com os artistas.
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