Deolane está proibida de fazer 'publi' para bets; veja mais condições
De Splash, em São Paulo
24/09/2024 14h06
Solta na tarde desta terça-feira (24), Deolane Bezerra, 36, precisa cumprir algumas medidas cautelares.
Entre elas, estão:
Não mudar de endereço sem prévia autorização judicial;
Não praticar outra infração penal dolosa;
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Comparecer em até 24 horas, pessoalmente, no Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital, para assinatura de Termo de Compromisso;
Não frequentar, participar de qualquer tomada de decisão ou fazer publicidade para as empresas de jogos.
Soltura
Deolane Bezerra e a mãe, Solange Bezerra, 56, deixaram a prisão, no início da tarde desta terça-feira (24). A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco confirmou a soltura das duas. As irmãs de Deolane compartilharam imagens de chamadas de vídeo com elas.
Deolane estava detida preventivamente na CPFB (Colônia Penal Feminina de Buíque), a 280 km de Recife, e Solange na Colônia Penal Feminina Bom Pastor, na capital pernambucana. "Deolane Bezerra Santos deixou a Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB), no Agreste de Pernambuco, no início desta tarde. Mais informações não podem ser repassadas, pois o processo segue em segredo de justiça."
Justiça determinou a soltura da influenciadora e outros investigados na operação na segunda-feira (23). A decisão revogou as prisões preventivas após pedido da defesa do CEO da empresa Esportes da Sorte, Darwin Da Silva Filho. O desembargador Eduardo Gilliod estendeu seus efeitos para outros 17 réus na operação Integration.
Vale ressaltar que a decisão não beneficia Gusttavo Lima. O cantor teve o nome incluído no sistema de procurados dos aeroportos brasileiros após o Tribunal de Justiça do estado decretar a prisão do sertanejo.
O que diz o Ministério Público
MP havia solicitado diligências complementares para as investigações da Operação Integration, que prendeu a influenciadora e outras pessoas no início de setembro. O órgão também recomendou a substituição de prisões por outras medidas.
Por evidente, as prisões preventivas já deferidas e executadas devem ser substituídas por outras cautelares de que trata o Código de Processo Penal, posto que o lapso temporal necessário ao cumprimento das novas diligências implicaria, inevitavelmente, em constrangimento ilegal. MP-PE
Deolane foi presa preventivamente no dia 4 de setembro, em Boa Viagem, zona sul da capital pernambucana, e teve R$ 34 milhões bloqueados pela Justiça. De acordo com investigação da Polícia Civil, a advogada teria aberto uma bet para lavar dinheiro de jogos ilegais. A casa de apostas foi inaugurada em julho de 2024.
Investigação
Influenciadora e a mãe, Solange Alves, foram presas no mesmo dia. As duas foram detidas durante a operação Integration, que tem o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Operação trouxe à tona apuração que começou em 2022. A investigação indicou a migração de indivíduos associados ao jogo do bicho —que é ilegal no Brasil— para os jogos online, conforme explicou Alessandro Carvalho Liberato de Mattos, secretário de Defesa Social-PE, em conversa com o Fantástico (Globo).
Defesa de Deolane e Solange nega irregularidades. Em nota, a defesa de mãe e filha afirmou que "mantém plena confiança na justiça e que segue trabalhando incansavelmente pelo restabelecimento da liberdade [das duas], convicto de que suas inocências serão plenamente comprovadas".
Vai e volta
Advogada voltou à prisão no dia 10 após descumprir uma medida cautelar. Ela havia sido liberada para cumprir prisão domiciliar no dia 9, após o Tribunal de Justiça de Pernambuco acatar um pedido de habeas corpus.
Influenciadora estava proibida de se manifestar por meio de redes sociais, imprensa e/ou outros meios de comunicação. Entretanto, ao deixar o local, a famosa chamou a prisão de "criminosa" e publicou uma foto de rosto com uma fita na boca — em referência à medida.
Lastimo que a paciente não tenha tido para com a sua filha a mesma prioridade, atenção e cuidado que a Justiça brasileira teve, mas diante da gravidade dos fatos, tenho que agir acertadamente a MM Juíza quando decretou a prisão preventiva da paciente, medida que diante das circunstâncias fáticas acima apresentadas se mostra totalmente proporcional. Desembargador Eduardo Guilliod Maranhão