Voo à Grécia e fortuna em cofre: a ação contra Gusttavo Lima em 5 pontos
O Tribunal de Justiça de Pernambuco decretou na segunda-feira (23) a prisão do cantor Gusttavo Lima, 35, alvo da mesma operação que prendeu Deolane Bezerra, mas o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão revogou a prisão em decisão na tarde desta terça-feira (24).
Entenda a investigação contra o artista em cinco pontos.
1. Nome do cantor surgiu pela 1ª vez com apreensão de avião
O nome de Nivaldo Batista Lima, mais conhecido como Gusttavo Lima, surgiu após a apreensão de uma aeronave em nome da Balada Eventos e Produções, que pertence a ele. A Justiça bloqueou R$ 20 milhões da empresa e sequestrou todos os imóveis e embarcações que estão em nome da Balada.
A empresa é suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo casas de aposta. Ela seria usada no esquema criminoso alvo da operação por José da Rocha Neto, dono da Vai de Bet —Rocha Neto ganhou projeção nacional ao patrocinar o Corinthians, em uma parceria que terminou precocemente após polêmicas sobre o contrato.
Gusttavo é garoto-propaganda da Vai de Bet, estampando suas maiores campanhas publicitárias.
A empresa foi quem comprou o avião que era do sertanejo, mas a aeronave ainda está "em processo de transferência" para a empresa JMJ Participações LTDA, de Rocha Neto.
A defesa de Gusttavo Lima negou irregularidades. Ao Fantástico, os advogados do cantor afirmaram que ele "mantém apenas contrato de uso de imagem em prol da marca Vai de Bet."
Balada e Gusttavo não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Defesa de Gusttavo Lima
2. Voo para a Grécia com foragidos
Gusttavo viajou para a Grécia ao lado de José André e de sua esposa, Aislla Rocha. José e Aislla são considerados foragidos da Justiça desde 4 de setembro, quando a operação Integration foi deflagrada. O casal fez parte do grupo que embarcou para comemorar os 35 anos do artista, completados no dia 3.
Em 8 de setembro, depois de uma parada na Espanha, o avião voltou para Goiânia sem o casal, o que levantou suspeitas de que Gusttavo deu "guarida" para os dois, que ficaram na Europa para evitar Justiça.
Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado.
Juíza Andrea Calado da Cruz, em decisão de ontem, que mandou prender Gusttavo Lima.
3. Cantor tinha 25% de casa de apostas
A investigação também aponta que Gusttavo Lima adquiriu 25% da Vai de Bet em 1º de julho deste ano. Isso vai contra a versão da assessoria, de que o artista "apenas fazia propaganda" da casa de apostas.
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Quero receberA associação "levanta sérias dúvidas" sobre a integridade de transações e vínculos estabelecidos pelo cantor com as casas de aposta, destaca a decisão judicial que determinou a prisão do cantor. A defesa de Lima informou que vai entrar com habeas corpus contra a prisão preventiva e afirmou que a decisão não tem "fundamentos legais".
A investigação também afirma que a Balada Eventos, empresa de Gusttavo Lima, é responsável por ocultar valores provenientes dos jogos ilegais. A decisão judicial que determinou a prisão de Gusttavo Lima cita que ele a empresa Balada Eventos e Produções é suspeita de ocultar em um cofre R$ 112.309,00, ? 5.720,00 (R$34.842), £ 5.925 (R$ 43.324) e U$ 1.005,00 (R$ 5.488) — dinheiro proveniente de jogos ilegais.
4. Gusttavo está em Miami
Amigos de Gusttavo, como Pablo Marçal e Leo Dias, afirmam que ele está em Miami. Mais cedo, antes de o desembargador de revogar a ordem de prisão de Gusttavo Lima, a Polícia Federal havia pedido a inclusão do nome do cantor na lista vermelha de Interpol, para facilitar as buscas.
5. Outras casas de apostas enviaram dinheiro ao cantor
As empresas Zelu Brasil Facilitadora de Pagamento e Pix 365 enviaram, respectivamente, R$ 5,7 milhões e R$ 200 mil a uma das empresas do sertanejo, durante o ano de 2023. A Pix 365 é a Vai de Bet, já a Zelu Brasil é a intermediadora de pagamentos tanto dela quanto da Esportes da Sorte —a que Deolane está ligada. Os sócios da Zelu Brasil, Rayssa Rocha e Thiago Rocha, também foram indiciados no mesmo inquérito. Eles estão foragidos.
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