Racismo e agressão: além da dancinha inusitada, Livinho acumula polêmicas
MC Livinho foi criticado no último sábado (21) por fazer uma "dancinha" ao fundo de uma reportagem sobre o acidente sofrido pelo time de futebol americano do Coritiba no Rio de Janeiro. Três pessoas morreram e outras sete ficaram feridas.
"Não sabia que tinha acontecido um acidente, achei que estavam filmando o trânsito", se defendeu o funkeiro, que já havia se envolvido em outras controvérsias ao longo de sua carreira. Confira:
Em março do ano passado, Livinho disse ter sido vítima de racismo ao ser impedido de embarcar em um cruzeiro —a companhia negou. Ele foi impedido de embarcar em um cruzeiro com mais sete amigos após um deles ser diagnosticado com covid-19 após um teste no porto de Santos (litoral paulista). "Preconceituosos e racistas. [...] Vocês nos colocaram no aleatório e forjaram o teste para viajar."
Na ocasião, a Costa Cruzeiros informou que a apresentação do teste negativo faz parte do protocolo de segurança de todas as companhias de cruzeiros que atuam no Brasil. O teste era uma determinação da CLIA Brasil, que representa a indústria de cruzeiros no país, e teria sido feito por uma empresa terceirizada contratada pelo porto de Santos, e não pela própria companhia.
Em janeiro de 2021, Livinho "sumiu" depois de publicar um vídeo dizendo que estava sendo perseguido no trânsito e pedindo ajuda. Ele reapareceu sem dar explicações, e sua mulher à época disse que ele havia passado por um "livramento".
Após reaparecer, fãs especularam que o sumiço foi forjado para divulgar uma música —o que Livinho negou. Ele disse que, realmente, foi perseguido, mas que não sabe se foi por maldade ou "de brincadeira". As pessoas não sabem o que está acontecendo, é uma falta de respeito. Falta um pouco mais de humanidade em todos. Você não pode diminuir a minha dor porque acha alguma coisa. O que você acha é problema seu", disse.
Em 2020, Livinho foi acusado de racismo e assédio durante gravação de um clipe pela dançarina Raielli Leon. "Ele começou a fazer umas dancinhas idiotas, obscenas, pegando no saco, imitando Michael Jackson, como se estivesse sarrando. [...] [Depois], ele tirou o celular do bolso, colocou no meu cabelo, puxou e falou: 'Você roubou meu celular, cabelo'. Nesse mesmo momento, todo mundo que estava por perto, riu", afirmou ela, acrescentando que chorou após o ocorrido e foi xingada por Livinho.
O funkeiro assumiu as "brincadeiras", mas negou ter sido racista. "Eu pensei em 'Todo Mundo em Pânico' [filme de comédia], que o mano tira um baseado da cabeça. Tipo, na hora veio isso —vou tirar o celular da cabeça zoando. Não tem nada racista nisso, só que eu percebi que ela não gostou", disse ele na rede social. "Sou um moleque extrovertido, [...] mas jamais um lixo de pessoa, jamais um racista", disse, meses depois.
Ainda em 2020, Livinho foi acusado de agressão por um MC que trabalhava com ele. A briga teria começado porque Livinho estava atrasado para uma gravação. "Não falei nada para o cara e ele me agrediu na frente de todo mundo. Livinho me agrediu por nada. Nunca fiz nada!", disse MC Gerex, que também acusou o funkeiro de tratar mal sua equipe.
Em maio deste ano, ele foi condenado a indenizar o MC em R$ 10 mil pela agressão. Na época da agressão, porém, Livinho fez outras acusações contra Gerex. "Fui empresário, fui irmão e, hoje, sou tratado como racista, mau-caráter. Eu posso provar que esse aqui foi safado e talarico com a mulher do meu DJ. Lobo em pele de cordeiro", disse, na ocasião.
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