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Diddy: Advogado diz representar 120 novas vítimas, incluindo crianças

Diddy costumava promover as famosas 'festas do branco' Imagem: Dimitrios Kambouris/Getty Images

De Splash, em São Paulo

01/10/2024 18h13

Um advogado do Texas (EUA) diz representar 120 novas vítimas de abuso sexual do rapper Sean "Diddy" Combs, 54, incluindo uma criança de 9 anos. O cantor foi preso em setembro por acusações de violência e exploração sexual, tráfico humano, sexual e de drogas.

O que aconteceu

Tony Buzbee afirma acreditar que 120 pessoas têm casos legítimos contra o rapper. As informações são do DailyMail.

Entre as novas vítimas, 25 seriam menores de idade quando os supostos abusos aconteceram, entre 1991 e 2024. As vítimas mais jovens teriam 9, 14 e 15 anos.

Esse indivíduo, que tinha 9 anos na época, foi levado para um teste em Nova York com a Bad Boy Records [produtora de Diddy]. Esse indivíduo foi supostamente abusado sexualmente por Sean Combs e por várias outras pessoas no estúdio com a promessa a seus pais e a ele mesmo de conseguir um contrato de gravação.
Tony Buzbee

A equipe jurídica de Diddy reagiu às novas alegações e diz que são falsas. "O senhor Combs nega enfática e categoricamente qualquer alegação de que ele abusou sexualmente de alguém, incluindo menores", afirmou a advogada de Combs, Erica Wolff, ao DailyMail. "Ele espera provar sua inocência e se defender no tribunal, onde a verdade será estabelecida com base em evidências, não em especulações."

As supostas vítimas entraram em contato com o advogado depois que o cantor foi preso. Buzbee disse também que muitos acusadores foram eliminados com histórias não confiáveis, mas que pelo menos 120 novas vítimas abrirão processos individuais contra Diddy e possivelmente outros abusadores.

Entenda o caso

Sean "Diddy" Combs, rapper e empresário, foi preso em 16 de setembro acusado de tráfico sexual, extorsão e outros crimes, como abuso, trabalho forçado e sequestro. Ele se declarou inocente, e seu advogado alega que as acusações são falsas.

Crimes eram cometidos em orgias violentas, os "freak-offs". O termo é uma expressão informal, utilizada pela polícia devido à singularidade do caso: um "freak-off" é um "surto", uma competição ou desafio entre pessoas que estão mostrando suas habilidades únicas ou excêntricas. A palavra foi citada pela primeira vez pelas vítimas — ao menos oito pessoas entraram na Justiça contra o rapper.

Os freak-offs eram atuações sexuais elaboradas e produzidas em que Combs [P. Diddy] organizava, dirigia, se masturbava durante e frequentemente gravava eletronicamente. [...] Os freak-offs ocorriam regularmente, às vezes duravam vários dias e frequentemente envolviam vários prostitutas.Trecho da acusação contra Diddy

A acusação diz que Diddy estaria envolvido em tráfico humano. Segundo o documento, os "freak-offs" eram organizados pelo rapper e sua equipe, muitas vezes transportando prostitutas, homens e mulheres, "através de divisas estaduais e fronteiras internacionais".

Profissionais do sexo teriam sido drogados pelo rapper. As vítimas foram dopadas para ficarem "obedientes e dóceis", segundo o Tribunal Distrital do Sul de Nova York, que emitiu a acusação.

Cenas eram filmadas e usadas para chantagear as vítimas. Os quartos de hotel estariam equipados com "mais de 1.000 frascos de óleo de bebê e lubrificante".

A acusação diz que Diddy fundou uma "empresa" do crime. Segundo o documento, os funcionários da "Combs Entreprise" estavam diretamente envolvidos na logística dos "freak-offs".

Diddy continuará preso até o seu julgamento. Os advogados tentaram apelar da decisão e ofereceram o pagamento de uma fiança, que foi negada.

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