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Corpo do ator Emiliano Queiroz será velado no Rio de Janeiro

Mirna (Fernanda Souza), Crispim (Emilio Orciollo Netto) e Bernardo (Emiliano Queiroz) em 'Alma Gêmea' Imagem: João Miguel Júnior/Globo

De Splash

05/10/2024 08h05

O corpo do ator Emiliano Queiroz será velado na manhã deste sábado (5) na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, Zona Sul do Rio.

O velório será aberto ao público das 11h às 15h. A cremação, restrita a amigos e familiares, ocorrerá às 17h, no Cemitério do Caju, na zona portuária.

O que aconteceu

Veterano estava internado havia dez dias na Clínica São Vicente da Gávea, no Rio, em função de ter colocado três stents no coração. Na última quinta-feira (3), o ator recebeu alta e foi para casa.

Nesta sexta-feira, às 4h30, acordou, tomou banho e disse que estava morrendo. Ele foi para o quarto e começou a passar mal por volta das 6h da manhã. A ambulância chegou e o levou para a emergência do hospital, onde teve uma parada cardíaca. Foi intubado e reanimado, mas morreu às 10 horas, conforme a assessoria de imprensa.

Quem foi Emiliano Queiroz

Natural de Aracati (CE), Emiliano Queiroz acumulou trabalhos relevantes ao longo de mais de 70 anos de carreira. Estreou no teatro quando tinha 15 anos. Morava no Rio de Janeiro desde a década de 60 e era contratado da TV Globo desde a sua inauguração. Aliás, ele participou da primeira telenovela da história da emissora, "Ilusões Perdidas".

Fez novelas que se tornaram clássicos como "O Bem-Amado" (1973), quando viveu o famoso Dirceu Borboleta. Também foi escalado para "Ti Ti Ti" (1985), "Hilda Furacão" (1998), "Chocolate Com Pimenta" (2003), "Alma Gêmea" (2005), que é reprisada pela Globo atualmente, e "Espelho da Vida" (2018), sua última novela inteira. Fez participações posteriores em "Éramos Seis" (2020) e "Além da Ilusão" (2022)

Emiliano voltaria aos palcos em janeiro com o espetáculo "A Vida Não é Justa". No teatro, destacam-se papéis como a travesti Geni em "Ópera do Malandro" (1979) e Veludo em "A Navalha na Carne" (1969).

No cinema, pode ser visto no longa "Avenida Beira Mar", em cartaz no Festival do Rio. Atuou em "Independência ou Morte" (1972), "O Grande Mentecapto (1989)", "Tiradentes" (1999), dentre outros. Ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado por uma participação de três minutos no filme "Stelinha" (1990), de Miguel Faria Jr.

Emiliano era casado havia 51 anos com Maria Letícia, advogada e atriz de 77 anos. O ator ajudou a criar 14 filhos, junto com a esposa, e deixa oito netos e três bisnetos.

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